Atualizada em 29/02/2024 09:25
A manifestação do último domingo, dia 25/02/2024, no que resultará? Pensando bem, só o tempo dirá.
Ainda que minha influência seja mínima, ainda assim, volto a repetir: não vejo com bons olhos a politização político/pessoal que se estabeleceu no nosso país, de um lado o atual presidente Lula, e de outro, o seu antecessor, Jair Bolsonaro. Como os homens são mortais, particularmente ambos, urge que busquemos aperfeiçoar as nossas instituições, do contrário, a nossa democracia jamais irá se fortalecer.
Até mesmo nos EUA, considerada uma das mais exemplares democracias do mundo, nas eleições que ocorrerão no corrente ano, ao invés da saudável polarização partidária, vigente há mais de um século, a disputa que se avizinha tende a se dar entre dois mortais, o atual presidente, Joe Biden, e seu antecessor, Donald Trump, embora a maioria dos eleitores estadunidenses, em sucessivas pesquisas, já tenha revelado que gostaria de vê-los fora da disputa.
Aqui no Brasil, em razão da inexpressividade, diria até, do nosso anarquizado e disfuncional sistema partidário, a nossa futura disputa presidencial, ao que tudo nos leva a crer, se dará entre o lulismo e o bolsonarismo, isto porque, a manifestação ocorrida, recentemente, no centro da nossa maior metrópole, capital do mais importante Estado da nossa federação, se veio revelar que o atual presidente Lula, politicamente, tem sete vidas, que o ex-presidente Jair Bolsonaro, em número de vidas, busca igualar-se a ele.
Se derrotado quando buscava a sua reeleição, se tornado inelegível e ainda por cima, acusado de haver cometido os mais graves crimes contra a nossa democracia, politicamente, para os lulistas, o ex-presidente Jair Bolsonaro já havia se tornado num cadáver insepulto.
Vitimado pelas arbitrariedades cometidas pela Operação Lava-Jato, em particular, do politiqueiro e falacioso juiz Sérgio Moro, o então ex-presidente Lula conseguiu a sua elegibilidade, deu a volta por cima e pela terceira vez, preside o nosso país. O mesmo poderá acontecer com o ex-presidente Jair Bolsonaro? Para tanto e por mais irônica que pareça, ele precisará ser “descondenado”.
Se 185.000 populares compareceram a referida manifestação, conforme declarou um dos departamentos da PUC, justamente, o mais especializado em quantificar o número de pessoas presentes numa aglomeração ou se lá compareceram 600.000 pessoas, conforme declarou a secretário de segurança pública do Estado de São Paulo, isto pouco importa. O que importa, aí sim, é que a continuidade da nossa polarização pessoal, e em desapreço as nossas instituições, em nada contribuirá para fortalecer a nossa já bastante frágil democracia.