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Acre

Maternidade no interior do AC proíbe visitas por causa de síndromes gripais; estado vive emergência

Publicado em 12/06/2024

A Maternidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, suspendeu por tempo indeterminado todas as visitas na unidade por causa do número crescente de casos de doenças como gripe e pneumonia. A medida foi tomada para proteger mães e bebês internados na unidade.

O estado está desde o dia 14 de maio em situação de emergência por conta dos registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave e da superlotação dos leitos de terapia intensiva.

“Nós cuidamos de grávidas e recém-nascidos saudáveis e é uma preocupação muito grande nossa esse aumento de síndromes gripais e a superlotação na unidade. É até acalmar mais e assim que voltar ao normal a gente retorna com as visitas”, explicou a gerente da unidade, Iglê Monte.

A gerente explicou ainda que todas as gestantes que dão entrada na maternidade com algum sintoma de gripe, estão sendo submetidas a exames

“Elas fazem o teste aqui na unidade, [algumas] têm apresentado casos de Covid leve. Essas mães recebem o atendimento normal. Se for uma mãe com síndromes gripais leves e testar positivo, ela vai para casa. Se for grave, ela vai para o Hospital do Juruá”, explicou.

O protocolo prevê ainda casos em que a pessoa gestante que tenha entrado em trabalho de parto e testado positivo para algum tipo de síndrome gripal fique em isolamento.

Outro apelo feito pela direção da maternidade é para que a comunidade evite levar acompanhantes que estejam com sintomas de gripe para a unidade.

“A gestão não fazemos sozinhas, fazemos com a população. É importante que esse cuidado venha desde casa, se atenham aos sinais como tosse, coriza, dores do corpo. Essas pessoas não podem ser acompanhantes. A preocupação tem que ser coletiva”, finalizou.

Boletim epidemiológico

O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Acre aponta que entre janeiro e maio deste ano foram registrados 11.265 casos de síndromes gripais no estado. O número é menor que os do ano anterior no mesmo período, 12.631.

O documento aponta, no entanto, que embora o número de notificações seja menor que em 2023, houve um aumento considerável nos casos entre as semanas epidemiológicas 10 a 22 em comparação com o ano anterior.

Crianças de 0 a nove anos e idosos a partir dos 60 são os mais suscetíveis a desenvolver síndromes respiratórias agudas graves. Já pessoas na faixa entre 20 e 29 anos são as mais afetadas por síndromes gripais sem gravidade.

O boletim aponta ainda 96 registros de pessoas que morreram por causa de síndromes gripais. A maior parte delas na capital, Rio Branco, onde ao menos 41 pessoas perderam a vida. A maioria tinha mais de 60 anos.

[G1]

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