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segunda-feira, 21 de abril de 2025
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Jurei sim

Atualizada em 11/04/2025 11:13

    Neste particular, não me interessa saber o que os outros avaliam, politicamente, a meu respeito

           Quando muitos pensavam que eu era um dependente político-partidário, tal qual, um dependente químico, para suas surpresas, numa reunião de caráter eminentemente familiar, decidi e jurei que nunca mais disputaria um mandato eletivo. Por unanimidade, tive a concordância de todos os meus familiares. Portanto, quando me perguntam se estou arrependido, respondo: não, não e não, e a partir de então, nada mais acrescento.

           E por que não? Porque no nosso país, a atividade política se transformou num balcão de negociatas e no mais absoluto desapreço aos nossos próprios partidos políticos. Vejamos as suas importâncias nos países que verdadeiramente valorizam suas democracias. A exemplificar, a dos EUA e a da Inglaterra. Nestes dois países prevalece uma das expressões da riquíssima lavra do imortal estadista, Winston Churchill. Disse ele: “a democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais”, até porque, não existe feijoada sem feijão, não existem democracias sem a presença dos partidos políticos confiáveis e duradouros.

         Buscar a perfeição em qualquer democracia sim, por tratar-se de algo perfeitamente desejável, ainda que seja impossível alcançá-la, afinal de contas, o referido regime foi estabelecido para possibilitar a convivência entre os divergentes, jamais para impor uma unidade de pensamente e de ação entre seus cidadãos. Lamentavelmente, no nosso país, em razão dos erros seguidos de erros, das agressões seguidas de agressões, a nossa democracia transformou-se na maldita polarização que ora enfrentamos. Aqui também relembro uma valiosa contribuição deixada pelo imortal Bertolt Brecht: “maldita é a nação que precisa de heróis”.

       Lembro-me, e não consigo entender a desfaçatez dos nossos atuais detentores de mandatos, particularmente, àqueles que nos representam à nível federal. Para tanto, basta compará-los aos tempos em que todos eles comiam na gamela do PT e como passaram a se comportar. Isto sim, me revolta e me indigna. Daí a minha satisfação pelo meu distanciamento da politicalha que passou a preponderar no nosso país.

         O meu ativismo político partidário alçou-me a ser reconhecido como o mais agressivo antipetista do nosso Estado. Hoje reconheço que fui longe demais, até porque, em águas bravias, o bom marinheiro deve levar o seu barco devagar. Neste particular, confesso que fui imprudente.

        Repito o que diversas vezes tenho dito: todos os meus heróis já morreram e vivos não tenho nenhum, isto porque, enquanto vivos, e no nosso país, os nossos candidatos a heróis costumam nos decepcionar.

          Nas democracias que se prezam não existe e nem existirá a figura do salvador da pátria.

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