quinta-feira, 15 de maio de 2025
O RIO BRANCO
Acre

Acre vai apresentar práticas sustentáveis ​​em conservação florestal

Atualizada em 07/05/2025 17:39

A Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e as Florestas (GCFTF) estará em Rio Branco, entre 19 e 23 de maio, para a 15ª União Anual. Neste ano, o governo do Acre vai encabeçar os debates para os avanços na construção conjunta de uma nova economia florestal que proteja florestas tropicais intactas, restaure terras degradadas e crie empregos e oportunidades econômicas justas e sustentáveis.

O Acre tem sido líder em clima, florestas e engajamento comunitário por mais de duas décadas. Durante a programação da comitiva dos governadores e delegados no estado, foram montadas rotas para que esses grupos possam conhecer essas práticas. As visitas devem ocorrer nas cidades de Capixaba, Xapuri, Epitaciolândia, Acrelândia e Plácido de Castro.

Conheça as oito rotas que serão visitadas:

  • Rotas 1 e 2 – Restauração florestal e gestão do fogo: do viveiro à floresta;

Será uma experiência imersiva aos esforços de restauração na zona rural do município de Capixaba, incluindo sistemas agroflorestais de fruticultura e café. Os participantes visitarão um viveiro essencial para discutir o processo de seleção e planejamento de espécies críticas para apoiar a restauração e o desenvolvimento econômico, bem como o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) de última geração do Acre, que permite ao governo monitorar a cobertura florestal, conduzir ações integradas de manejo e comando e controle do fogo, e apoiar o monitoramento hidrometeorológico moderno, análise fundiária e restauração florestal e comando de geoprocessamento.

  • Rotas 3 e 4 – Infraestrutura natural e REDD+ jurisdicional: protegendo a floresta a nível de paisagens;

Visita à casa do lendário Chico Mendes, localizada na cidade de Xapuri, que deu origem ao movimento de proteção das florestas tropicais. Esta visita promoverá o engajamento sobre os desafios e oportunidades atuais de iniciativas de proteção florestal em larga escala e mecanismos de financiamento, e incluirá visitas a castanhas-do-pará e borracha, geridas e produzidas na Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre (Cooperacre). Essa rota também ajudou a centralizar a implementação contínua de ações jurisdicionais de REDD+ para proteger as florestas do Acre, com foco nos benefícios para as comunidades tradicionais.

  • Rotas 5 e 6 – Estabelecendo uma bioeconomia próspera: centrando-se na inclusão social e fortalecimento das comunidades tradicionais:

Esse roteiro oferecerá visitas a três áreas relacionadas a esse tema, para vincular a teoria à prática. Na área 1, o objetivo da visita à Fazenda Filipinas, em Epitaciolândia, sede da Associação Acreditar, será apresentar a cadeia produtiva do mel no Acre e destacar o trabalho dos 15 membros da associação, que são extrativistas e beneficiários dessa cadeia. Durante a visita, será possível mostrar os apiários coletivos da fazenda, destacando as práticas de manejo sustentável e a qualidade do mel produzido.

Na área 2, serão apresentadas tecnologias sustentáveis em unidades de produção familiar envolvidas na Pecuária Eficiente+ e na bioeconomia, relevantes para a cadeia produtiva do leite, em áreas
altamente degradadas.

Já na área 3, será apresentado o modelo de produção de suínos, nas áreas de crescimento e engorda, que combina intensificação da produção, eficiência, inovação e responsabilidade ambiental, refletindo a introdução e o progresso da suinocultura moderna na região amazônica.

  • Rota 7 – Governança e repartição de benefícios: as lideranças indígenas do Acre;

Visita ao Centro de Formação dos Povos da Floresta (CFPF), um espaço de educação indígena onde são realizados cursos de formação e oficinas para agentes agroflorestais indígenas (AAFI), liderados pela Comissão Pró-Indígenas do Acre (CPI-Acre), que fica na estrada Transacreana.

O treinamento é baseado na valorização e no fortalecimento dos conhecimentos, das línguas e das culturas dos povos indígenas. O local se destaca como um ambiente de aprendizagem que integra conhecimentos tradicionais, conhecimentos universais e práticas sustentáveis. Localizado em uma área de 31 hectares, grande parte da sede é reflorestada por meio de sistemas agroflorestais (SAFs). O CFPF tem modelos inovadores de demonstração, como a coleta de água da chuva, uma horta orgânica e a criação de aves e peixes.

Essas práticas sustentáveis valorizam o conhecimento indígena e são aplicadas nos cursos de treinamento dos agentes agroflorestais indígenas, aplicando essas experiências em terras indígenas (TI).

  • Rota 8 – Intensificando a produção sustentável: café e cacau

O objetivo desse roteiro é levar a delegação para conhecer a produção de café e cacau, plantados em paisagens degradadas em assentamentos de reforma agrária com alto grau de desmatamento, tecnologias sustentáveis e mão de obra familiar, com o objetivo de intensificar e diversificar a produção, gerar emprego e renda, bem como conter os efeitos agravantes de desastres ambientais e mudanças climáticas em três áreas de produção.

Também será dividida por áreas. A primeira, no projeto de assentamento descentralizado em Acrelândia, onde há um produtor, Crisé referência no processo de uso da terra e de tomada de decisão de investir no cultivo do cacau para intensificar a produção, pois acredita nos diversos benefícios da cadeia de valor do cacau para sua propriedade.

A segunda área vai apresentar também uma família do mesmo projeto de assentamento, em Acrelândia, que já tentou vários investimentos no uso da terra e agora aposta na consorciação de cacau com banana. Ele já era produtor de banana e agora acrescentou o cacau à sua cultura.

O terceiro exemplo será da família do produtor rural Celso Timpurim, também localizada no Projeto de Assentamento Descentralizado Pedro Peixoto, ramal Granada e ramal 12, em Acrelândia. Ele e sua família cultivam 5 hectares de terra. Sua esposa, Elizelda Caffer, além de trabalhar na propriedade, foi premiada por produzir o melhor café regional.

O Celso, por sua vez, ficou entre os cinco melhores cafés do estado ao participar do QualiCafé 2023, o concurso estadual de qualidade. A propriedade conta com uma estrutura completa, incluindo viveiro de mudas, galpão de beneficiamento, galpão de secagem e espaço para descascamento do café, garantindo produção eficiente e sustentável.

[Agência de Notícias do Acre]

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