Atualizada em 13/01/2025 10:06
Quando o medo precisa ser imposto para que a paz aconteça, o medo continua persistindo.
Nas verdadeiras democracias àqueles que conseguem chegar ao poder, e não poderia ser diferente, os direitos das minorias são preservados. Só e somente só, nos regimes autoritários, e em especial, nas duríssimas ditaduras, as minorias não têm voz e nem vez.
No nosso país, infelizmente, como os nossos partidos políticos, já há bastante tempo, não mais se dão ao respeito. Assim sendo, já chegamos a assistir alguns dos presidentes da nossa República ser eleitos, e a seguir, menospreza os seus mais elementar deveres. Isto poderá acontecer nas duas mais respeitáveis democracias do mundo? Certamente não, a exemplo do que já aconteceu e continuará acontecendo nos EUA e na Inglaterra. No nosso país, os nossos partidos políticos já se transformaram em mercadorias. Portanto, ficamos submetidos às leis do nosso próprio mercado eleitoral ou de quaisquer outras vantagens. Isto já vem de muito longe. Senão vejamos;
Nas eleições presidenciais de 1989, a primeira após à nossa redemocratização, embora tido, havido e celebrado como o político mais destacado do nosso país, e ainda por cima, presidente do PMDB, o mais importante entre todos os nossos partidos políticos, ao disputar a presidência da nossa República, Ulisses Guimarães amargou um 7º lugar, e ainda teve que engolir, a seco, a disputa em 2º turno se dá entre o hoje presidente Lula e Fernando Collor de Melo, este à época, candidato do inexpressivo PRN.
De lá para cá, ao invés de termos corrigido os gravíssimos erros do nosso sistema político, partidário e eleitoral, no decorrer dos tempos, pior foi ficando. Tanto ficou que nas eleições presidenciais de 2018, o então nômade partidário, Jair Bolsonaro, já tendo sido filiado a nove partidos, acabou se elegendo presidente da nossa República, neste caso, filiado a um partideco, apelidado pela sigla PSL. A propósito pergunto; em que cemitério o PRN de Collor e o PSL de Bolsonaro, encontram-se sepultados?
A despeito dos erros do nosso sistema tenham permanecido e se acumulado, tudo nos faz crer que as nossas futuras disputas eleitorais se darão fundadas no atual sistema, até porque, pouco se tem falado em reformá-lo, e do pouco que se tem falado, se aprovado, mais disfuncional irá se revelar.
Com as nossas duas principais Casas parlamentares, nossa Câmara dos Deputados e nosso Senado, composto por representantes de mais de 20 partidos políticos, e cada um deles, como se diz na gíria, puxando brasas para assar as suas sardinhas, o resultado não poderia ser outro, a não ser, a prevalência do mercado eleitoral que nos encontramos atolados.