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Educação de Jovens e Adultos muda a vida e a história de estudantes acreanos

Atualizada em 07/01/2025 09:34

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) ajuda muitas pessoas a realizar sonhos e mudar histórias de vida. Para se ter uma ideia, somente em 2024, cerca de 15 mil estudantes foram impactados com as ações da modalidade nos 22 municípios acreanos.

Com um corpo docente de 528 profissionais, a EJA oferece uma segunda chance para todos aqueles que, por diversas razões, não conseguiram concluir os estudos na idade adequada. Foram 1,7 mil alunos matriculados no ensino fundamental, anos iniciais, outros 5,9 mil nos anos finais e mais 7,2 mil no ensino médio.

Dessa forma, além de mudar histórias de vida, a EJA também tem se mostrado importante para a inclusão social e a redução da desigualdade educacional no estado, proporcionando acesso a habilidades escolares essenciais e conhecimentos que capacitam os alunos a entrar no mercado de trabalho.

“A EJA proporciona inúmeros benefícios aos estudantes, pois ao concluir a educação básica por meio dessa modalidade, muitos alunos conseguem acessar melhores oportunidades de emprego e aumentar a renda, melhorando a qualidade de vida”, explica o chefe do Departamento da EJA da SEE, professor Jessé Dantas.

Além da conclusão do ensino médio, a modalidade também oferece cursos por meio da plataforma Educ para qualificar os estudantes. E, em parceria com o Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec), a EJA tem 25 turmas do ensino fundamental, participando de cursos como confeiteiro, operador de supermercados, operador de computador e outros.

Sonho em andamento

Entre os alunos impactados com as transformações educacionais proporcionadas pela educação de jovens e adultos está a dona Maria Eliete de Farias, de 73 anos. Na EJA, ela concluiu o ensino fundamental e também o ensino médio. Agora, sua meta é cursar Artes Cênicas na Universidade Federal do Acre (Ufac).

Antes, ela havia estudado somente até a quarta-série do ensino fundamental, anos iniciais. “Quando eu casei, parei de estudar. Depois, já aos sessenta anos e viúva, e com os filhos todos criados, voltei a estudar, fiz todas as provas e passei”, conta ela.

O que foi fundamental para que a dona Eliete concluísse os estudos com êxito no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) foi o acolhimento recebido. “O acolhimento é muito bom. As pessoas abraçam você, desde o portão até à sala de aula e, assim, consegui aprender muita coisa”, afirma.

A escolha por Artes Cênicas na Ufac é porque ela já trabalha na área. Faz publicidade nas redes sociais para diversas empresas. “Já faço publicidade. Quando uma loja chama o Daniel (Cruz, filho de dona Eliete), me convida também, é gratificante, já estou pronta, faço propaganda para muitas lojas”, destaca.

Voltando a sonhar

Mudar a história e voltar a sonhar. Esse tem sido o objetivo da cabeleireira Suzana da Nóbrega na Educação de Jovens e Adultos. Além de concluir os estudos, ela também fez curso de contabilidade, o que tem a ajudado na hora da gestão do salão, o qual ela pretende melhorar agora em 2025.

Suzana conta que não teve oportunidade de estudar na infância. Aos 12 anos, a mãe foi morar em uma colônia e ela teve que parar os estudos. Estudou até o terceiro ano primário, depois casou, engravidou e parou de estudar novamente. No momento, na EJA, ela concluiu a primeira etapa do terceiro segmento.

[Agência de Notícias do Acre]

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