quinta-feira, 15 de maio de 2025
O RIO BRANCO
Artigos do NarcisoColunistas

Dúvidas, não mais restam

Atualizada em 06/05/2025 10:42

   As emendas parlamentares aos nossos orçamentos transformaram-se num estímulo à corrupção

Em defesa das emendas parlamentares, no plano federal, os próprios senadores e deputados federais alegam que determinadas obras e serviços só estão contemplando determinados municípios porque eles próprios as sugerem posto que, se dependesse tão somente do próprio governo federal, tais municípios, os chamados periféricos, continuariam órfãos e esquecidos. Esta justificativa contém 10% de boas intenções, no máximo, e no mínimo 90% de suspeitíssimos interesses.

Na repartição dos nossos poderes compete tão somente aos detentores de mandatos executivos, seja nos planos federal, estadual e municipal, as elaborações e as posteriormente execuções dos  nossos orçamentos públicos, e ao poder legislativo, aprová-lo ou não, e quando fazem-se necessários determinadas correções, as mesmas deveriam ser feitas pelo seu correspondente poder executivo.

No nosso país as emendas parlamentares aos nossos orçamentos públicos emergiram quando o então deputado federal Eduardo Cunha presidiu a nossa Câmara dos Deputados, e de lá para cá, num crescendo, nada menos que R$- 50,00 bilhões são anualmente disponibilizados aos nossos senadores e deputados federais para atender, prioritariamente, os  seus próprios e mais imediatos interesses.

Presentemente, cada um dos nossos deputados federais dispõe de R$-50,00 milhões, no mínimo e anualmente, para serem utilizados na compra de apoios eleitorais visando suas próprias reeleições, em particular, dos prefeitos, e em prol da corrupção propriamente dita, através dos acordos previamente estabelecidos entre os tantos quantos que vieram se beneficiar com as tais emendas.

As ditas cujas levaram o ex-presidente Jair Bolsonaro a pagar um altíssimo preço para enfrentá-las. Presentemente, o presidente Lula, e os governadores das nossas 27 unidades federadas são as suas mais destacadas. E mais: àquele que suceder o atual presidente Lula, irá sofrer mais ainda, assim como àqueles que vierem suceder os nossos atuais governadores.

  Paradoxalmente, as tais emendas já se fazem presentes em todas as Assembléias Legislativas e nas Câmaras Municipais, particularmente, dos nossos mais destacados municípios.

A propósito, os recém eleitos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, David Alcolumbre e Hugo Motta chegaram a tão elevadíssimos postos sem se comprometerem com a manutenção ou com a extinção das referidas emendas, isto por se tratar de um assunto que em muito poderia prejudicar as suas próprias eleições.

Artigos Relacionados

Desembargadora Eva Evangelista recebe justa homenagem em sessão solene na Assembleia Legislativa

Jamile Romano

Voto e mercadoria

Narciso Mendes

A Polícia Federal homologou delação na qual ele aponta o(a) suposto(a) mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco

Leandro Mazzine

Inexplicável

Jamile Romano

Dúvidas, não mais restam

Jamile Romano

Assim deveria ser

Jamile Romano