Lula – Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na semana passada, a Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um alerta ao governo brasileiro sobre falhas de segurança e problemas de infraestrutura no local destinado à COP30, pouco antes de um incêndio que atingiu a Zona Azul da conferência nessa quinta-feira (20/11), ressaltando ameaças à segurança de delegados, funcionários e visitantes, segundo informe enviado por Simon Stiell, secretário-executivo da UNFCCC, a autoridades brasileiras.
Como a ONU analisou a segurança na COP30?
O informe da ONU, revelado pelo portal Bloomberg, detalhou preocupações como portas inadequadas, vigilância insuficiente e respostas ineficazes a possíveis invasões. Mesmo com acordos prévios, esses pontos foram classificados como “grave violação” por Stiell.
Entre os incidentes, destacou-se a entrada forçada de cerca de 150 manifestantes, que ocasionou danos materiais e ferimentos em agentes de segurança. Esse episódio demonstra a necessidade de ajustes imediatos nas estratégias para garantia do evento.
Como a ONU avaliou a atuação das forças de segurança na conferência?
A avaliação resultou de uma análise detalhada dos preparativos para a COP30 e de falhas na resposta a tumultos. Stiell destacou preocupação com a orientação do governo à Polícia Federal para não intervir, o que pode ter agravado o episódio.
Diante da incapacidade das autoridades em agir de modo mais efetivo, a ONU questionou a eficiência dos acordos firmados com o Brasil. Por isso, foram sugeridas ações para fortalecer a proteção de participantes em eventos desse porte.
Qual a estrutura da COP30?
Paralelamente aos desafios de segurança, a ONU alertou para deficiências na infraestrutura, como elevadas temperaturas nos pavilhões pela falta de ar condicionado, gerando desconforto e riscos à saúde dos participantes. As chuvas intensas de Belém agravaram o quadro, causando vazamentos e riscos de eletricidade.
Essas fragilidades evidenciaram a necessidade urgente de melhora no planejamento para eventos internacionais, pois a estrutura atual não atende às condições mínimas de segurança e conforto.
Quais os problemas de infraestrutura enumerados pela ONU?
Para evidenciar os desafios enfrentados durante a conferência, a ONU listou os principais pontos de infraestrutura que impactaram a integridade dos participantes:
- Ausência ou inoperância dos sistemas de ar condicionado, causando desconforto térmico e problemas de saúde
- Goteiras e infiltrações resultantes das fortes chuvas, com riscos de curto-circuito e acidentes
- Falta de áreas adequadas para acomodação confortável de visitantes e delegações
Como o governo Lula reagiu?
A resposta oficial do governo ainda não foi totalmente divulgada, mas o episódio evidencia desafios estruturais na organização de grandes eventos internacionais no Brasil. Esse cenário reforça a importância de reforçar comunicação e alinhamento rigoroso entre autoridades e entidades internacionais.
A expectativa é que medidas sejam adotadas para solucionar as vulnerabilidades relatadas e elevar o padrão de segurança e infraestrutura, prevenindo riscos em conferências futuras e fortalecendo a reputação internacional do Brasil como anfitrião.
FAQ sobre a situação da COP30
- Quais medidas a ONU sugeriu para melhorar a segurança no local da conferência? A ONU enfatizou a importância de reforçar a vigilância, instalar portas de segurança e promover treinamentos específicos para contenção de tumultos e invasões.
- O que poderia ter sido feito para evitar os problemas de infraestrutura relatados? Um planejamento prévio mais rigoroso, com contingências para sistemas de climatização e protocolos de resposta rápida a chuvas fortes, teria minimizado os riscos e desconfortos.
- Como estes incidentes podem impactar futuras conferências no Brasil? Problemas desse tipo podem afetar a imagem do Brasil perante organismos internacionais, exigindo melhorias para garantir a confiança na realização segura e eficiente de eventos de grande porte.