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Saiba quem são cardeais apontados como favoritos para suceder papa Francisco; não há brasileiros na lista

Atualizada em 21/04/2025 09:34

Foto: Reprodução – Stefano Rellandini/Reuters

Relação com 12 nomes mais cotados é dominada por europeus, além de ter asiáticos e africano

Michele Oliveira
Milão

Com a morte de Francisco, ocorrida nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, a pergunta que ronda o Vaticano é uma só: quem será o próximo papa?

O conclave é o processo de escolha de um pontífice, que começa oficialmente depois que o líder da Igreja Católica morre ou renuncia ao cargo. Nesses casos, os cardeais espalhados pelo globo são convocados para a reunião na Capela Sistina, dentro do Vaticano. Só podem votar aqueles que têm menos de 80 anos.

Embora, em teoria, qualquer homem batizado celibatário possa ser escolhido como papa, desde o conclave de 1378 todos os eleitos faziam parte do grupo de cardeais. É dali que saem as listas de mais cotados a futuro papa. Atualmente, o Colégio Cardinalício é formado por 252 cardeais, sendo 138 eleitores.

Pelo direito canônico, o total de eleitores não deveria passar de 120, mas é uma decisão que cabe ao papa e o limite já foi superado em outros períodos. A escolha de Francisco de nomear 21 novos eleitores em dezembro de 2024 é ligada ao fato que, ao longo de 2025, 14 cardeais completarão 80 anos e perderão direito a voto.

O vaticanista Edward Pentin criou, com uma equipe de jornalistas e especialistas católicos, o site The College of Cardinals Report, que enumera 12 cardeais entre os mais papáveis. Nele, há o perfil de todos os cardeais vivos, informações detalhadas de cerca de 40 deles e uma lista de 12 papáveis, sem ser um ranking de mais ou menos cotados.

Veja abaixo quem são eles, por ordem alfabética. Não há brasileiros nem sul-americanos, e metade se tornou cardeal no papado de Francisco.

Clique e veja

  • Anders Arborelius, 75 (Suécia)

  • Angelo Bagnasco, 82 (Itália)

  • Charles Bo, 76 (Mianmar)

  • Jean-Marc Aveline, 66 (França)

  • Luis Antonio Tagle, 67 (Filipinas)

  • Malcolm Ranjith, 77 (Sri Lanka)

  • Matteo Zuppi, 69 (Itália)

  • Péter Erdo, 72 (Hungria)

  • Pierbattista Pizzaballa, 59 (Itália)

  • Pietro Parolin, 70 (Itália)

  • Robert Sarah, 79 (Guiné)

  • Willem Eijk, 71 (Holanda)

Anders Arborelius, 75 (Suécia)

O cardeal sueco Anders Arborelius, frade carmelita e bispo de Estocolmo – Wikimedia Commons

Bispo de Estocolmo, já foi considerado um modelo pelo papa Francisco, por sua capacidade de diálogo. É a favor de mais abertura para divorciados, mas contra o diaconato feminino. Nomeado por Francisco em 2017.

Angelo Bagnasco, 82 (Itália)

O cardeal italiano Angelo Bagnasco, arcebispo emérito da Arquidiocese de Gênova – Wikimedia Commons

Mais velho da lista, é arcebispo emérito de Gênova. É considerado um bom nome entre os que esperam pela volta de um italiano conservador ao papado. Nomeado por Bento 16 em 2007.

Charles Bo, 76 (Mianmar)

O cardeal mianmarense Charles Maung Bo – Wikimedia Commons

Arcebispo de Yangon, maior cidade e antiga capital de Mianmar, é considerado um candidato forte em temas de injustiça social e diálogo entre religiões. Nomeado por Francisco em 2015.

Jean-Marc Aveline, 66 (França)

O arcebispo de Marselha, Jean-Marc Aveline – Ludovic Marin/8.maio.24/AFP

Arcebispo de Marselha e nascido na Argélia, é apontado como um preferido do próprio Francisco, especialmente por sua defesa dos imigrantes. Nomeado por Francisco em 2022.

Luis Antonio Tagle, 67 (Filipinas)

O cardeal Luis Antonio Tagle durante Congregação Geral do Sínodo no Vaticano – Yara Nardi/4.out.23/Reuters

Arcebispo emérito de Manila, desde 2019 tem cargo na Cúria Romana, a cúpula do Vaticano. Atualmente, é pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização. Considerado o “Francisco asiático”, compartilha a visão do papa em temas como ecologia. Nomeado por Bento 16 em 2012.

Malcolm Ranjith, 77 (Sri Lanka)

O cardeal Malcolm Ranjith – Ishara S. Kodikara/28.mar.23/AFP

Arcebispo de Colombo, capital do Sri Lanka, é outra aposta entre a ala tradicional e conservadora do clero, com o diferencial de estar na Ásia e se alinhar à defesa do meio ambiente como Francisco. Nomeado por Bento 16 em 2012.

Matteo Zuppi, 69 (Itália)

O cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana – Maxim Shemetov/29.jun.23/Reuters

Presidente da Conferência Episcopal Italiana, equivalente à CNBB brasileira, e colaborador do papa em temas internacionais. Foi escolhido como mediador na Guerra da Ucrânia, enviado a Kiev e Moscou. Nomeado por Francisco em 2019.

Péter Erdo, 72 (Hungria)

O arcebispo de Budapeste, o húngaro Peter Erdo, na Basílica de Esztergom – Attila Kisbenedek/13.fev.13/AFP

Arcebispo de Budapeste, é visto entre os círculos conservadores da Igreja como um nome para se contrapor às ideias de Francisco. Nomeado por João Paulo 2º em 2003.

Pierbattista Pizzaballa, 59 (Itália)

O Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa – Alaa Badarneh/25.dez.24/AFP

Mais jovem da lista, chefia o Patriarcado Latino de Jerusalém. Há mais de 30 anos vive na Terra Santa e conhece profundamente os temas do Oriente Médio, outro assunto caro ao papa. Nomeado por Francisco em 2023.

Pietro Parolin, 70 (Itália)

O cardeal Secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, em frente à Basílica de São Pedro – Tiziana Fabi/23.dez.24/AFP

Frequentemente citado como papável pela imprensa especializada, desde 2013 é secretário de Estado da Santa Sé, responsável pela diplomacia da Igreja. Nomeado por Francisco em 2014.

Robert Sarah, 79 (Guiné)

O cardeal guineense Robert Sarah – Wikimedia Commons

Único negro e africano entre os cotados, é uma aposta do campo conservador da Igreja por sua firme oposição ao papado de Francisco em temas como processo sinodal e abertura a casais homossexuais. É prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Nomeado por Bento 16 em 2010.

Willem Eijk, 71 (Holanda)

O cardeal holandês Willem Jacobus Eijk, atual arcebispo de Utrecht – Picasa/Wikimedia Commons

Arcebispo de Utrecht, é um nome estimado entre os conservadores por suas posições pró-vida, em temas como eutanásia. É contra a bênção a homossexuais, por irem contra a ordem de criação de Deus. Nomeado por Bento 16 em 2012.

*Com informação Folha de São Paulo

 

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