Atualizada em 01/04/2024 08:29
A Força Nacional encerrou nesta sexta-feira (29) a participação nas buscas pelos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró. Nesta semana, o Ministério da Justiça e Segurança Pública decidiu não renovar o uso das equipes na operação, e o último prazo estipulado se encerrou.
Neste sábado (30), as equipes da Força Nacional começaram a deixar a cidade de Mossoró, onde a operação estava concentrada. Os agentes começaram a preparar as viaturas antes das 6h.
E nesta segunda, 1°, o Comando de Operações Táticas (COT), pelotão de elite da Polícia Federal, foi a segunda baixa sofrida pelas forças de segurança na batalha pela captura dos acreanos Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, fugitivos da penitenciária de segurança máxima de Mossoró (RN).
Antes de sair, eles se reuniram, fizeram uma espécie de oração e depois foram entrando nas viaturas. As primeiras saíram de Mossoró por volta das 6h45. As últimas deixaram o local às 7h15. Os veículos seguiram para o Rio de Janeiro e Roraima.
Ao todo, mais de 100 agentes e 20 viaturas estavam envolvidos nas buscas.
A Força Nacional chegou a Mossoró na madrugada do dia 23 de fevereiro, após o uso ter sido autorizado no dia 19 pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Deibson Nascimento e Rogério Mendonça fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro. Desde então, a operação em busca da dupla, que chegou aos 46º dia neste sábado, se concentra entre as cidades vizinhas Mossoró e Baraúna.
De acordo com o secretário Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, a retirada da Força Nacional da região onde as buscas estavam concentradas não significa que as buscas estão encerradas e é parte de uma mudança de estratégia na operação para a recaptura da dupla.
“Faz parte de uma nova estratégia que estamos adotando no local, de intensificação e concentração de esforços na investigação e na atividade de inteligência. Por isso que não necessariamente precisamos de uma quantidade muito grande de policiais para fazer esse tipo de trabalho”, explicou em entrevista à TV Globo, em Brasília.
Apesar disso, o secretário informou que, caso seja necessário uma intensificação das buscas na região de Mossoró e Baraúna, isso ficará a cargo das polícias Militar, Civil e Penal.
“Ainda vai permanecer em Mossoró a nossa Força Nacional Penal. São policiais penais que estão atuando também em apoio a essas atividades, mas especialmente em reforço à Penintenciária Federal de Mossoró”, disse.
“Precisamos apenas mudar o foco e concentrar os esforços no que interessa agora, que é atividade de inteligência, que vai dar suporte a essas investigações e às ações de recaptura”, disse.
A Força Nacional é composta por policiais e bombeiros militares, além de policiais civis e peritos.
O anúncio do encerramento das buscas aos fugitivos pela PF foi feito pela corporação nesta segunda-feira (1º), após um mês de mobilização no local.
De acordo com a PF, a equipe mobilizada no local contava com policiais com treinamento específico para atuar na Caatinga, bioma da região. Dezoito homens do COT estavam em Mossoró desde 16 de fevereiro, dois dias após a fuga dos acreanos.
[Com informações G1]