Atualizada em 12/02/2025 14:55
A inclusão da etnia no registro civil é um direito respaldado por legislações nacionais e normas internacionais. A defensora pública Juliana Caobianco, responsável pelo SDH1, destacou que esse reconhecimento formal fortalece a identidade dos povos indígenas e viabiliza o acesso a políticas públicas essenciais. “Além de reforçar o sentimento de pertencimento, essa alteração possibilita o acesso a direitos e serviços garantidos aos indígenas, como vagas em universidades, cotas em concursos e benefícios sociais”, explicou.
Leila Oliveira da Silva, filha de Mukty, também da etnia Kaxarari, compartilhou os desafios enfrentados por não ter sua origem indígena oficialmente reconhecida. “Minha mãe é branca e, como não possuo traços indígenas marcantes, sempre houve questionamentos. Essa mudança significa o reconhecimento da nossa identidade e dos nossos direitos”, afirmou.
A Defensoria Pública reforça que qualquer indígena que deseje incluir sua etnia na documentação pode buscar assistência jurídica gratuita para viabilizar essa mudança. A iniciativa de Mukty demonstra que o reconhecimento formal não é apenas um direito individual, mas um legado que fortalece toda uma família e garante um futuro mais digno para as novas gerações.