Atualizada em 02/02/2024 10:17
Por que tanta demora se é que somos o país do futuro?
O autor judeu/austríaco, Stefan Zweig, na 2ª metade do século XX, fugindo do nazismo que ameaçava o continente europeu radicalizou-se na Brasil. Antes disto, no ano de 1936, ele tinha passado 12 dias no nosso país e declarou que pretendia se tornar num camelot do Brasil, pelo ao menos, em toda Europa. Neste particular, o livro de sua autoria “Brasil, país do Futuro”, foi traduzido em meia dúzia de idiomas: alemão, sueco, inglês, francês, espanhol e português e foi fundamentalmente importante para quem havia prometido que seria o nosso camelot, particularmente, na Europa.
Daí a pergunta que não pode calar: por que se tínhamos e continuamos tendo as melhores condições para antecipar o futuro previsto pelo referido autor, por que o mesmo tem demorado tanto?
Se nenhum país do mundo dispõe de tantas condicionantes para alavancar o seu desenvolvimento quando o nosso, nada vem justificar que continuemos no rol dos países subdesenvolvidos, e não raramente, como se ainda fôssemos um país do chamado terceiro mundo.
Em extensão territorial, populacional, riquezas naturais, paz religiosa e ainda por cima, falando a mesma língua, o Brasil vem ser o único país do mundo a reunir tantas expectativas, e no seu conjunto, fartamente favorável ao nosso efetivo desenvolvimento.
Se algo de errado aconteceu só haveremos de responsabilizar os nossos representantes políticos, sobretudo àqueles que advieram após a proclamação da nossa República. Muito oportunamente lembremos: desde a sua nascente, no dia 15 de novembro de 1889, a nossa própria República já veio ser severamente golpeada duas vezes: entre 1930 e 1945 e entre 1964 e 1984. Portanto, por longevos 45 anos.
Presentemente, voltamos a nos depararmos com uma profunda crise de natureza política, afinal de contas, a polarização política entre os lulistas e os bolsonaristas, a nossa mais nova e perversa novidade, derivada do nosso indisciplinado ambiente político/partidário, em nada irá ajudar que o nosso país consiga o seu esperado e merecido futuro.
Como todos os meus heróis já morreram, pois sempre desconfio daqueles que em vida se candidatam-se a herói, não tenho o ex-presidente Jair Bolsonaro e nem o presidente Lula nesta conta.
A propósito, esclareço: na gestão do então presidente Jair Bolsanoro, muito raivosamente e enquanto opositores, os lulistas fizeram o que fizeram. Daí as minhas preocupações com o tratamento que os bolsonaristas estão dispensando a atual do presidente Lula.
Por último: em qualquer luta do tipo “dente por dente e olho por olho”, uma coisa é certa: muitos sairão cegos ou banguelas.