A vice-governadora do Acre, Mailza Assis (PP), intensifica os movimentos rumo à disputa pelo governo do Estado em 2026 e começou nesta semana as conversas formais para formação de sua chapa majoritária. Durante entrevista concedida nesta quinta-feira (9), Mailza indicou que o MDB poderá ocupar a vaga de vice em sua possível candidatura.
“É uma vaga que a gente precisa discutir com a compreensão de todo o grupo, de todos os partidos, das regionais. Claro que sim, a vice precisa vir com cor e com expressão, e o MDB é um partido que pode fazer isso”, declarou a vice-governadora.
A sinalização ocorre logo após a ex-senadora visitar lideranças emedebistas no início da semana, gesto interpretado como tentativa de ampliar a aliança e buscar estabilidade política num momento de indefinições dentro do próprio campo governista.
Relação com Márcio Bittar e Tião Bocalom
Ao ser questionada sobre sua relação com o senador Márcio Bittar (PL) e o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, Mailza manteve o tom conciliador, apesar da ausência de apoio público por parte de ambos.
“A minha relação com o Márcio é muito boa. Sempre fomos do mesmo grupo e lutamos juntos em várias campanhas”, afirmou.
Ainda assim, a vice-governadora admitiu que esperava mais definição de aliados importantes dentro da base que ajudou a construir. “Eu esperava muito que ele apoiasse minha candidatura, mas ele ainda não tomou essa decisão. Ele e o prefeito têm essa liberdade. Da minha parte, já conversei, já pedi apoio e fiz o que cabia a mim. Agora, a vida continua e as coisas acontecem”, concluiu.
Pré-candidatura se fortalece
Mesmo sem confirmação oficial, Mailza já atua publicamente como pré-candidata ao governo do Acre e tem reforçado agendas no interior e na capital. Ela busca consolidar seu nome como alternativa dentro do grupo liderado pelo governador Gladson Cameli (PP), que também avalia os próximos passos políticos, podendo inclusive abrir mão de uma nova candidatura para manter a unidade da aliança.
O nome do vice na chapa de Mailza deverá ser escolhido por consenso, segundo ela mesma frisou, envolvendo partidos da base aliada como PP, PL, Republicanos, União Brasil, PSD e MDB.
Com movimentações discretas, porém firmes, Mailza tenta contornar ruídos internos e construir um caminho de centro-direita viável para 2026, apostando no diálogo, na moderação e na experiência política adquirida nos últimos anos.

