O caso da morte de Rayza Emanuelle Oliveira Souza, de 26 anos, encontrada sem vida em um motel de Rio Branco, continua cercado de mistérios. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) não conseguiu determinar com precisão a causa do óbito, sendo classificado como inconclusivo. Enquanto isso, a família da jovem acredita firmemente que ela tenha sido vítima de homicídio.
As investigações estão sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios, que aguarda resultados de exames complementares para dar prosseguimento ao inquérito. O delegado Leonardo Ribeiro, responsável pelo caso, informou ao portal g1 que até agora não foram encontrados indícios claros de violência no corpo da vítima.
Rayza era mãe de duas crianças, de 3 e 9 anos, mas havia perdido a guarda devido a episódios de surtos relacionados a problemas psicológicos. Segundo uma tia, que preferiu não ter o nome divulgado, a jovem convivia com transtornos mentais desde a infância e fazia uso regular de medicamentos. A familiar também negou qualquer envolvimento de Rayza com o uso de entorpecentes.
Após a morte, surgiram boatos de que Rayza trabalhava como garota de programa. A família refuta essa informação, alegando que ela recebia apoio financeiro do pai, de outros parentes e do namorado. Formada como técnica em enfermagem, a jovem cursava Direito, embora enfrentasse dificuldades para conseguir uma oportunidade no mercado de trabalho.
No dia em que foi encontrada morta, Rayza teria dito à família que participaria de um curso para cuidadores de idosos e que voltaria para casa usando transporte por aplicativo. Testemunhas relataram que ela foi vista em uma parada de ônibus antes de ser vista entrando no motel acompanhada de um homem. Esse detalhe reforça, segundo a família, a possibilidade de que ela tenha sido assassinada.
Enquanto os exames adicionais não são concluídos, a dor da perda se mistura à angústia por respostas ainda não dadas.