Até a 20ª Semana Epidemiológica de 2025, o Acre já contabiliza 5.171 casos confirmados de dengue. Desse total, 3.404 (43,1%) foram validados por critério laboratorial e 1.764 (22,4%) por avaliação clínico-epidemiológica. Os demais 34,5% seguem sob investigação pelas autoridades de saúde. Os dados constam no Boletim Epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (22) pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).
Considerando os chamados “casos prováveis” — ou seja, todas as notificações que ainda não foram descartadas por exames laboratoriais ou vínculo com outros diagnósticos — o número salta para 7.890 em todo o estado.
A análise das amostras revelou a circulação dos sorotipos DENV-1 e DENV-2, de acordo com a Sesacre.
Alta incidência em todo o estado
A taxa de incidência acumulada no Acre é de 895,9 casos por 100 mil habitantes, número que ultrapassa em quase três vezes o limite estabelecido pelo Ministério da Saúde para classificação como alta incidência — definido como superior a 300 casos por 100 mil habitantes.
Cruzeiro do Sul lidera o ranking estadual, com 2.507 casos prováveis e uma taxa alarmante de 2.548,8 casos por 100 mil habitantes. Na sequência aparece Porto Walter, também na região do Vale do Juruá, com 221 casos e incidência de 1.960,1.
Em números absolutos, Rio Branco é o município com maior volume de casos: são 3.302 registros e uma incidência de 851,4 por 100 mil habitantes.
Situação nos municípios
Dos 22 municípios acreanos, 15 estão classificados como de alta incidência de dengue. Apenas Acrelândia, Plácido de Castro, Senador Guiomard, Brasileia e Santa Rosa do Purus — este último sem registros da doença — apresentam índices considerados baixos ou moderados.