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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
O RIO BRANCO
Acre

Em Belém, Bocalon debate os desafios da COP30 com outros líderes municipais em Belém

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, participa, em Belém, no Palácio Antônio Lemos, do encontro de prefeitas e prefeitos da Amazônia Legal, que discute pautas relacionadas à COP30, marcada para acontecer em outubro deste ano, no Brasil.

O evento, realizado nos dias 23 e 24 de abril, foi aberto pelo secretário nacional de Meio Ambiente Urbano, Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Adalberto Maluf. Entre os temas abordados, estão: “Perspectivas: As cidades amazônicas no centro da agenda do clima”, “Planejamento urbano, adaptação e resiliência: soluções para as cidades amazônicas”, “Financiamento de ações climáticas: desafios enfrentados pelos municípios”, além da apresentação da Iniciativa de Boas Práticas em Gestão Ambiental Urbana nos Municípios da Amazônia Legal.

Durante o encontro, o prefeito Tião Bocalom voltou a defender, como já fez em eventos internacionais como o realizado na Escócia, que a preservação do meio ambiente deve estar alinhada ao bem-estar das populações que vivem na Amazônia.

“Sabemos que pessoas que moram em comunidades isoladas, como em Santa Rosa do Purus, no Acre, quando adoecem, muitas vezes precisam ser transportadas em redes, durante dias, de barco e a pé, até chegarem a uma unidade de saúde. E, se infelizmente falecem, algumas vezes são enterradas no caminho. Fala-se muito em proteger a floresta para atrair recursos dos países ricos, mas é necessário lembrar que há seres humanos vivendo nela”, destacou Bocalom.

Segundo ele, o discurso humanizado tem ganhado espaço entre gestores e lideranças, sendo inclusive reproduzido por outros prefeitos durante o encontro. Tião Bocalom está acompanhado da secretária municipal de Meio Ambiente, Flaviane Stedille. Em entrevista à imprensa, o prefeito apresentou algumas das boas práticas ambientais de sua gestão, como:

– A recuperação de 23 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs), com o plantio de mais de 15 mil mudas de árvores;

– A desobstrução do Igarapé São Francisco, em 2023 e 2024, após 20 anos sem intervenções;

– O fim da política de multas por queimadas urbanas, substituída por ações de educação ambiental;

– A redução do número de queimadas nas zonas urbana e rural — de mais de 2.700 em 2020 para menos de 712 em 2024 — com o apoio da mecanização agrícola e a coleta regular de resíduos em áreas residenciais;

– A recuperação de espaços importantes como o Horto Florestal, o Parque Capitão Ciríaco (único seringal nativo urbano da Amazônia) e o Parque Chico Mendes, que abriga diversas espécies da fauna amazônica em cativeiro.

O prefeito também destacou os avanços no saneamento básico. Segundo ele, Rio Branco está saindo de apenas 2,2% de esgoto tratado para alcançar 42% até o final de 2025. A cerimônia de abertura contou ainda com a presença de autoridades como Paulo Rocha, superintendente da SUDAM; Bettina Cadenbach, embaixadora da Alemanha no Brasil; e Vanessa Grazziotin, diretora executiva da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica).

[Assessoria]

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