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Que se vá

Atualizada em 11/12/2024 12:58

      Sempre que tomo conhecimento que um ditador fora posto fora do poder, sempre me reanimo.

             O ditador e sanguinário, Bashar al-Assad, da Síria, há 24 anos no poder fora afastado, em razão das irresistíveis pressões da sua própria sociedade. E o mais importante: embora o mesmo tenha resistido, e com sucesso a outros movimentos rebeldes e até mesmo a algumas guerras, em apenas 10 dias, se viu obrigado a fugir do seu país e a se refugiar na Rússia, justamente o país que ao longo dos anos sempre o apoiava.

           Segundo os melhores analistas internacionais, em assunto de natureza política, preocupadíssimo com a guerra contra a Ucrânia, o próprio ditador russo, Vladimir Putin, não pode oferecer o seu apoio, apenas e em troca, concedeu-lhes exílio. Igualmente fez o Irã, em razão da guerra, ainda não conclusa, entre Israel e palestinos. Outro parceiro do ditador Bashar al-Assad, o grupo terrorista, Hezbollah, ora em guerra contra Israel, do também terrorista, Benjamin Natannyahu, não pode sair em sua defesa.

         A ditadura Síria já durava à quase 60 anos, afinal de contas, a mesma foi estabelecida pelo pai de Bashar AL-Assad, o também tirano, Hafez  al-Assad. Segundo a Anistia Internacional, no ano de 2.017, 13.000 sírios já haviam sido mortos, apenas por enforcamento.

         Sobre a queda do ditador Bashar AL-Assad, praticamente, todos os países do mundo solidarizaram-se com os rebeldes, e mais ainda, o recém eleito presidente dos EUA, Donald Trump, já garantiu que não se envolverá no caso. Melhor ainda: o líder dos rebeldes já garantiu que proporá uma reunião com os países europeus, e até, com a própria ONU, para definir o futuro da própria Síria. Que assim seja.

            Ditaduras, onde quer que elas estejam, precisam ter fim, e quando  precedida de legitimidade, melhor ainda. Isto me faz lembrar que foi, em nome da democracia, que o então ditador de Cuba, Fulgencio Batista, foi afastado do poder, porém e para infelicidade dos próprios cubanos, passaram a ser governados por outro ditador, o tirano Fidel Castro.

        Aqui, pertinho de nós, os venezuelanos vivem submetidos a uma ditadura imposta pelo seu atual presidente, ou mais precisamente, por um ditador chamado Nicolás Maduro, cujas ações, já impuseram a mais de 5.000.000 de venezuelanos viverem perambulando, mundo afora.

           Lamentavelmente, no nosso país, presentemente, muito se tem falado em golpe de Estado, e em sendo este o principal instrumento, como porta de entrada para os golpistas se estabelecerem, que desta vez, saiamos imunizados de futuros golpes, até porque, revendo a nossa história política, muitos golpes de Estado já ocorreram, a lembrar um deles: A proclamação da nossa República resultou de um  golpe que o Marechal Deodoro da Fonseca impôs ao imperador D. Pedro II.

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