Ser-se ético é ser: íntegro, digno, honesto, honrado, correto, certo, decente, probo e moralista.
Para que um cidadão possa se assuma como ético, ainda que o mesmo não tenha cumprido todas as 10 qualificações acima descritas, dele deve se exigir as causas do não cumprimento de quaisquer dos requisitos acima descritos, e em se tratando de uma comissão de ética, a exemplo das comissões que existe nas nossas Casas Parlamentares, sobremaneira.
Ao ser levado a julgamento pela comissão de ética da nossa Câmara dos Deputados e sob a acusação de ter participado de um esquema de rachadinhas, o processo contra o deputado federal André Janones só teria um fim, o arquivo, e este se deu pelo seguinte placar: 12 votos a seu favor e 5 votos contrários.
Como as rachadinhas são praticadas por um elevadíssimo número de deputados federais, se criminosas, se é que assim podemos denominá-las, as mesmas já haviam sido exaustivamente exploradas pelos nossos principais jornais e pelas nossas principais emissoras de rádio e televisão, bem como, nas redes socais, quando o acusado era o senador Flávio Bolsonaro, ao tempo em que o mesmo exercia o mandato de deputado estadual pelo Estado do Rio de Janeiro.
É lamentável que o comportamento dos integrantes da nossa Câmara dos Deputados, a propalada caso do povo, tenha chegado a tão baixíssimo nível e tendo como o mais destacado antiético o Deputado Federal, Nikolas Ferreira, eleito com exuberantes 1.47 milhões de votos.
Se o deputado federal André Janones houvesse perdido o seu mandato por causa das rachadinhas, o que haveria de ser feito com os demais parlamentares, useiros e vezeiros, em elevar seus rendimentos mensais utilizando exatamente as tais rachadinhas?
Se o deputado federal André Janones integra o time dos lulistas e o senador Flávio Bolsonaro, o grupo dos bolsonaristas, não seria as suas opções políticas e partidárias que devessem definir a natureza criminosa daqueles que tiram proveito das rachadinhas.
Pior do que as rachadinhas praticadas pelos parlamentares federais (deputados e senadores) vêm ser a sua prática acontecer nas Assembléias Legislativas e até mesmo em diversas Câmaras de Vereadores, ou seja, estadualizando e municipalização tal crime.