Atualizada em 15/05/2025 09:17
Em meio a um surto preocupante de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o Acre enfrenta um cenário alarmante: o estado não atingiu nem metade da meta de cobertura vacinal contra a influenza. Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 43,08% do público-alvo foi imunizado — muito abaixo dos 95% recomendados.
A capital, Rio Branco, segue a mesma tendência e registra apenas 46,43% de cobertura vacinal. Apesar dos esforços das equipes de saúde, campanhas de conscientização e ampla oferta da vacina, nenhum dos 22 municípios acreanos conseguiu alcançar a meta mínima de imunização dos grupos prioritários, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades.
A situação é especialmente crítica em cidades como Bujari (25,40%), Porto Acre (25,81%) e Epitaciolândia (30,68%), que registram os piores índices do estado. Apenas o município de Porto Walter ultrapassou os 60% de cobertura, ainda longe do ideal.
Com o avanço dos casos graves de doenças respiratórias, especialistas alertam que a baixa adesão à vacina compromete a capacidade de resposta do sistema de saúde. A imunização contra a gripe é uma das ferramentas mais eficazes para evitar complicações clínicas, internações e sobrecarga hospitalar — especialmente em um contexto de circulação simultânea de diferentes vírus respiratórios.
Diante do cenário, autoridades sanitárias reforçam o apelo para que a população procure as unidades de saúde e mantenha a vacinação em dia. O combate à desinformação e a intensificação de ações de mobilização são apontados como medidas urgentes para conter o surto e proteger os grupos mais vulneráveis.