Atualizada em 17/12/2024 10:34
O policial civil Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho, está sendo procurado pela Polícia Federal nesta terça-feira, 17 de dezembro, em São Paulo.
A operação mira policiais suspeitos de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Com a colaboração do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a operação já resultou na prisão de sete pessoas. Entre elas estão um delegado e três policiais civis, todos acusados de atuar em favor da organização criminosa.
De acordo com a delação, Rogerinho ficou com um relógio de luxo pertencente ao empresário. Prints de redes sociais surgiram como prova de que o policial ostentava o objeto, o que sugere que o item originou-se de negociações ilícitas.
Além disso, investigações apontam que Rogerinho, apesar de ter um salário de aproximadamente R$ 7 mil como policial civil, possui participação em diversos negócios em São Paulo. Ele aparece citado como sócio de uma clínica de estética, uma empresa de segurança privada e uma construtora, o que levanta suspeitas sobre sua possível ligação com atividades ilegais.
Saiba mais sobre a operação que envolve o segurança
Nesta terça-feira (17), a Polícia Federal realizou buscas em endereços vinculados ao policial, mas ele não estava. A operação envolve também o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP e a Corregedoria da Polícia Civil.
A operação, desse modo, tem como objetivo combater um esquema criminoso que manipula e vaza investigações policiais, vende proteção a criminosos e realiza lavagem de dinheiro em favor do PCC.
Os investigadores alegam que o esquema de corrupção tem como objetivo beneficiar o tráfico de drogas e outras atividades criminosas da facção. A operação é o resultado do cruzamento de diversas investigações, incluindo o assassinato de Gritzbach. Ele acabou executado em circunstâncias misteriosas, envolvendo a possível participação de policiais corruptos.
Prisões e medidas judiciais
Até o momento, sete pessoas seguem presas, entre elas um delegado e três policiais civis. A Justiça determinou a prisão temporária dos investigados, além de realizar buscas, bem como apreensões nos endereços ligados aos envolvidos.
Outras medidas cautelares também foram adotadas, como o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens dos suspeitos. A operação visa desmantelar uma rede de corrupção dentro da Polícia Civil e enfraquecer o poder do PCC no estado de São Paulo.
O caso continua sendo investigado, e novas informações sobre as conexões do policial Rogerinho com o esquema criminoso podem surgir nas próximas semanas. A atuação conjunta da PF e do MP-SP busca não apenas prender os responsáveis, mas também garantir que a corrupção dentro das forças policiais seja combatida de forma rigorosa.
[O Fuxico]