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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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Saidinhas de presos

 Este é mais um dos temas que jamais deveria ser politizado. Vide a forma como vem sendo conduzido. 

           O Brasil já conta com mais de 800.000 aprisionados, afora os milhares que estão sendo procurados, já que seus mandados de prisão foram expedidos. Este volume já fez com que o nosso país se colocasse em 3º lugar, em número e presos. A nossa frente, apenas os EUA e a China.

       Como as nossas casas de detenções, dada as suas superlotações e demais condicionantes, não conseguem tratá-los com o mínimo de dignidade humana, transformaram-se em verdadeiras panelas de pressão e prestes a explodir.

         Eu, particularmente, não me disporia a opinar sobre tão delicadíssimo tema, afinal de contas pouco ou nada sei que possa contribuir com àqueles que buscam as soluções para humanizá-las, ainda que minimamente o nosso sistema carcerário. Como a nossa legislação penal não contempla a pena de morte, resta ao Estado brasileiro cuidar das nossas masmorras, como assim também estão sendo denominadas.

          Lamentavelmente, no nosso país, como tudo acaba sendo polarizado, o tema segurança pública e as tais “saidinhas” entraram nos nossos principais debates. De um lado os lulistas e de outro os bolsonaristas, ambos sugerindo as suas conflitantes opiniões.

       As opiniões até então sugeridas, sempre extremadas e, portanto,  irreconciliáveis, de um lado defendem a tese: “bandido bom é bandido morto”, e de outro, defendendo que “a re-socialização dos presos”, o que seria algo fundamentalmente importante para a nossa segurança pública e, conseqüentemente, para diminuir as elevadíssimas pressões nas nossas já denominadas panelas de pressão.

      Por não dispor das idéias que possam contribuir para melhorar a nossa segurança pública, menos ainda, para avaliar a importância ou não das chamadas “saidinhas”, ainda assim, aprendi um pouquinho para avaliar as dimensões dos desastres que a nossa polarização política já produziu e que ainda possa produzir.

       Nada mais preocupante que a de termos chegado a seguinte conclusão: são exatamente os mais xiitas da nossa direita, e  igualmente, da nossa esquerda, que estão escrevendo opinando sobre tão delicado tema. Sendo mais objetivo: de um lado os radicais bolsonaristas, e de outro, os radicais lulistas.

     Voltando as saidinhas: sem mais dispor deste direito, como os presos considerados de bom comportamento passarão a agir? Concluindo: àqueles que se encontram envenenados com a nossa polarização política não deveriam opinar sobre esta questão.

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