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Quantos descaminhos?

Atualizada em 06/05/2024 10:30

  A nossa democracia jamais se fortalecerá enquanto caminhar pelos caminhos que a enfraquecerá.

           A democracia dos EUA é sempre lembrada, mas não como exemplo pronto e acabado, porquanto ainda continua carente de aperfeiçoamentos, afinal de contas, a democracia continua sendo uma obra inacabada, porquanto carente de melhoramentos. A exemplificar: Nos EUA o porte de arma de fogo vem ser um direito.

         Neste particular ressaltamos a sua estrutura partidária. Lá, apenas dois partidos políticos, o democrata e o republicano revezam-se no poder e há mais de um século. Isto significa dizer que o bi-partidarismo seja o sistema partidário ideal em todas as democracias? Não, mas com certeza, que o sistema partidário vigente nos EUA é bem melhor que o vigente no nosso país. Cá entre nós, nossos partidos políticos tem se prestado até para dá carona aos candidatos dotados dos piores propósitos públicos.

            Ora, se mais de 20 partidos políticos se fazem presentes no nosso Congresso Nacional, nas nossas 27 Assembléias Legislativas e nas nossas 5.560 Câmaras de Vereadores, seja quem estiver a frente da presidência da nossa República, do governo das nossas unidades federadas e no comando de quaisquer das nossas prefeituras, somente a base de negociatas conseguirão aprovar os seus próprios projetos, ainda que benfazejos.

         No nosso país e em desapreço a nossa democracia, os nossos partidos políticos tem se prestado como barriga de aluguel para abrigar candidaturas, e o mais grave: os eleitos não são obrigados a guardar fidelidade nem aos seus próprios eleitores.

         A exemplificar: o ex-presidente Jair Bolsonaro conseguiu chegar à presidência da nossa República já tendo passado por nove partidos distintos, e creiam, após eleito ainda fez uma nova mudança partidária. Ciro Gomes é outro que já se candidatou várias vezes, mas quase sempre filiado a diferentes partidos.

       Da nossa anárquica estrutura partidária acabamos caindo no pior dos mundos, ou seja, na presente e desastrosa polarização: antilulismo de um lado e antibolsonarimo de outro.

      Assassinar as reputações dos lulistas tem sido a maior preocupação dos bolsonartistas, e vice versa. É coisa do tipo: chumbo trocado.  Disto resultou no que poderia existir de mais grave para a nossa democracia.

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