Atualizada em 17/01/2024 09:26
Aqueles que não vêem a importância ao Estado enquanto instituição que passem a cuidar da nossa segurança pública.
Qual deverá ser o tamanho de um determinado Estado para que possa cumprir com as suas atribuições, em particular, do nosso? A este questionamento só deveria existir uma única resposta, qual seja: o tamanho do nosso Estado deverá ser aquele que se fizer necessário. Para tanto, basta que avaliemos a incompetência do Estado brasileiro, e quem sabe até, a sua ausência, particularmente, no quesito segurança pública.
O Estado do Rio de Janeiro, sobretudo a sua capital, outrora reconhecida, nacional e internacionalmente, pelo nobilíssimo título de cidade maravilhosa, no que veio se transformar. Lá o CV, sua mais notória organização criminosa, continua pintando e bordando, como se diz na gíria, frente a mais da metade de sua população. Diga-se mais, o CV foi à primeira organização criminosamente, verdadeira organizada, estabelecida no nosso país. Diga-se ainda mais: a principal organização criminosa do Estado de São Paulo, o PCC, inspirou-se no CV.
Presentemente, tanto o PC quanto o PCC já se encontram presentes em todas as unidades de nossa federação, não apenas em suas capitais, assim com o nas nossas cidades de porte médio. Para além do CV e do PCC, novas organizações, de caráter regional, também já foram criadas, a exemplo do Bonde dos 13, uma cria “made in Acre”.
Ante ao exposto, só nos restará uma única solução, qual seja, que o Estado brasileiro legalmente estabelecido, passe a cuidar da nossa segurança pública e contenha as influências que suas organizações criminosas vêm exercendo, sobretudo, nas nossas metrópoles.
Ainda que muito tardiamente, cuidar com absoluto rigor e competência da nossa segurança pública se faz necessário e inadiável, do contrário, o que está acontecendo no Equador, outrora um dos países mais pacíficos do nosso continente sul-americano, será a antevisão apenas mais um aviso do que poderá acontecer com o nosso país.
Não sou partidário da seguinte lógica: “bandido bom é bandido morto”, menos ainda daquela que, em nome dos direitos humanos, busca proteger os integrantes das nossas organizações criminosas.
Como a responsabilidade da segurança pública das nossas diversas unidades federadas depende prioritariamente dos seus governadores, como determina a nossa constituição, resta-nos tão somente que o Estado brasileiro se agigante para que possa enfrentar o gigantesco poder adquirido pelo crime organizado.
Que o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em sintonia com os nossos governadores e prefeitos, busque o tamanho ideal para que o nosso Estado tenha condições de enfrentar o crime organizado.