Professores e demais profissionais da educação da rede municipal de Rio Branco realizaram uma paralisação geral nesta terça-feira (6). A mobilização aconteceu em frente à Prefeitura da capital, na Praça da Revolução, com o objetivo de pressionar a gestão municipal a atender uma série de reivindicações que, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), seguem sem resposta desde o ano passado.
Entre os principais pontos cobrados estão a reposição do Piso do Magistério e o reajuste inflacionário dos servidores, demandas que já estariam em negociação há dois anos. O sindicato argumenta que as reivindicações não ferem os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e que a solução depende apenas de decisão política da administração municipal.
Os trabalhadores também pedem a implementação de auxílio-alimentação para servidores efetivos, auxílio-saúde para aposentados, a reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e o pagamento correto da hora-atividade dos professores — tempo que deveria ser reservado ao planejamento pedagógico.
Outro ponto levantado pelo sindicato é a precariedade nas condições de trabalho nas escolas municipais. Há relatos de falta de merenda escolar, carência de materiais didáticos e problemas no transporte escolar. Mesmo dois meses após o início do ano letivo, muitos desses itens ainda não teriam sido entregues em diversas unidades, tanto da zona urbana quanto rural.
A paralisação desta terça-feira foi classificada como um ato de advertência. Durante a manhã, a categoria ainda deve deliberar sobre um possível indicativo de greve. Caso não haja avanço nas negociações, um edital de convocação poderá ser publicado nos próximos dias, conforme prevê a legislação.