Atualizada em 12/02/2025 09:55
Nas pocilgas os porcos chafurdam, mas na atividade política, os seus integrantes não deviriam chafurdar.
Nas democracias que se prezam e buscam se fortalecerem, já que a democracia não é um regime perfeito, e dificilmente virá sê-lo, os primeiros aprendizados políticos são obtidos a partir dos seus partidos políticos, estes sim, originados dos alinhamentos das mais diversas correntes de opiniões de seus respectivos povos.
As duas mais emblemáticas democracias do mundo, a dos EUA e a da Inglaterra, há mais de uma centena de anos, apenas dois partidos políticos se revezam no poder, embora existam diversos outros, mas sem a menor chance de chegarem ao poder. No máximo, apenas conseguem marcar posições em defesa de determinadas questões.
Lamentavelmente, no nosso país, os nossos partidos tem se prestado, em primeiríssimo lugar, para acomodar os interesses daqueles que optam participar da nossa atividade política. Neste particular, nada mais exemplificativo que o mau comportamento de duas das nossas emblemáticas figuras do nosso chafurdado ambiente partidário. Reporto-me ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao eternamente presidenciável Ciro Gomes, já que ambos foram filiados a uma dezena de políticos-políticos.
A quem devemos responsabilizar as recorrentes mortes e os exagerados nascituros dos nossos partidos políticos, já que, se somados, atualmente, já se vão mais de 30 deles? Em 1º lugar a nossa disfuncional e anárquica legislação político-partidária, e em 2º lugar aos interesses imediatos dos tantos quantos que adentram na nossa atividade política, com o de alimentar o nosso já bastante condenado mercado eleitoral.
Quando o então candidato, Fernando Collor de Melo, na disputa eleitoral de 1.989, conseguiu se eleger presidente da nossa República, filiado a um partidozinho apelidado de PRN, desta feita, derrotando Ulisses Guimarães, Mário Covas, e Leonel Brizola, entre outros, nada mais precisaria ser dito e nem feito, para determinar o destino do nosso atual sistema político-partidária.
Na disputa presidencial de 2.018, filiado ao PSL, outro “partideco” Jair Bolsonaro conseguiu se eleger presidente da nossa República. Detalhe: tanto Collor quanto Bolsonaro, no curso dos seus mandatos, mandaram às favas, os partidos através dos quais haviam sido eleitos.
Quando, na mais recente disputa pela prefeitura de São Paulo, Paulo Marçal, quase chega lá, sendo ele um marginal da nossa atividade político-partidária e quando vejo outro marginal, Gusttavo Lima, aparecer bem avaliado em relação à nossa disputa presidencial, de 2026, aos nossos eleitores só me resta adverti-los: não deixem que o nosso ambiente político venha se transformar numa pocilga.