Publicado em 19/12/2025
Montar a ceia de Natal em Rio Branco ficou mais caro em 2025, segundo levantamento divulgado pela Secretaria de Estado de Planejamento do Acre (Seplan). A pesquisa mostra que, apesar da queda de preços em alguns produtos básicos, os aumentos registrados em itens tradicionais das festas de fim de ano — especialmente carnes — elevaram o valor final das compras para os consumidores da capital.
O estudo foi realizado pelo Departamento de Estudos, Pesquisas e Indicadores (Deepi) entre os dias 5 e 9 de dezembro, com coleta de preços em oito estabelecimentos comerciais, entre supermercados e atacarejos. Ao todo, 45 produtos típicos da ceia natalina foram analisados, organizados em seis grupos, com comparação entre os valores praticados em dezembro de 2024 e no mesmo período de 2025.
Entre os alimentos básicos, houve redução de preços em parte da lista. O arroz tipo 1 apresentou a maior queda, com recuo superior a 35%. Outros itens, como panetone de chocolate e farinha de mandioca, também ficaram mais baratos. Em contrapartida, produtos como óleo de soja e azeitonas tiveram aumento, com destaque para a azeitona preta com caroço, que registrou a maior alta dentro do grupo.
As carnes foram o principal fator de pressão sobre o orçamento natalino. Cortes tradicionais da ceia apresentaram reajustes expressivos, especialmente o bacalhau, cujo preço médio subiu mais de 20%. Peru e chester também tiveram aumentos acima de dois dígitos. Apenas alguns produtos, como frango, lombo e pernil sem osso, registraram pequenas quedas, sem impacto significativo no custo total.
No grupo dos frios, o queijo apresentou redução relevante de preço em relação ao ano passado. Já presunto e salame ficaram mais caros, embora com reajustes mais moderados quando comparados às carnes.
As frutas, em geral, ficaram mais acessíveis em 2025. Melão e laranja registraram quedas expressivas, enquanto pera e abacaxi tiveram aumento de preços. Nas frutas em calda, o abacaxi ficou mais barato, ao passo que figo e pêssego apresentaram elevação. No setor de bebidas, predominou o movimento de alta, com reajustes principalmente na sidra e nos refrigerantes.
O levantamento também identificou grande variação de preços entre os estabelecimentos. A pera liderou a disparidade, com diferença superior a 230% entre o menor e o maior valor encontrado. Produtos como azeitona verde, azeite extra virgem, lentilha e milho verde também apresentaram oscilações significativas. No caso do bacalhau, o quilo foi encontrado por valores que variaram de R$ 159 a R$ 303,99, dependendo do ponto de venda.
Por outro lado, itens como azeitona preta e óleo de soja apresentaram menor variação de preços entre os locais pesquisados.
Para a Seplan, os dados indicam que quem pesquisou conseguiu economizar em alguns produtos básicos e tradicionais, mas precisou redobrar a atenção na compra de carnes especiais, frios e bebidas. A recomendação é comparar preços e planejar as compras para amenizar o impacto das altas registradas em parte da ceia natalina deste ano.


