Foto: Reprodução do Alto Acre
Leidy Mesquita, mãe da bebê Aurora Maria, publicou um desabafo da família nas redes sociais no último sábado, dia 5, enfatizando a busca por justiça e responsabilização dos implicados no caso que abalou o Acre. Após um banho no Hospital da Mulher e da Criança de Cruzeiro do Sul, no dia 22 de junho, um dia depois de nascer, a recém-nascida sofreu ferimentos graves parecidos com queimaduras.
Em publicação recente, a família expressa sua insatisfação com a maneira como as autoridades e profissionais da unidade de saúde lidaram com o caso e afirma que continua aguardando ansiosamente o resultado oficial do laudo médico. “Todos os médicos que a acompanham sabem que se trata de queimaduras, e todo o tratamento realizado até agora confirma isso”, escreveu.
De acordo com a família, a aparente negligência quase levou Aurora à morte. “Estamos aguardando com ansiedade a liberação oficial do laudo para que possamos tomar todas as medidas cabíveis e buscar justiça. Esse erro custou muito à nossa família e quase tirou a vida da nossa pequena. Queremos verdades, responsabilizações e, acima de tudo, justiça. A luta que começamos por Aurora agora se amplia. Não é apenas por ela, mas por todos que foram silenciados, desacreditados e que perderam sua voz”, declarou.
Aurora Maria permanece hospitalizada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte (MG), recebendo cuidados especializados para queimaduras. A unidade é um marco nacional no atendimento a casos críticos e possui o maior Centro de Tratamento de Queimaduras (CTQ) do Brasil.
Nos últimos dias, houve progresso no quadro clínico da bebê. Ela já foi extubada, começou a mamar e continua com uma cicatrização das lesões considerada satisfatória. Na sexta-feira, dia 4, a mãe relatou que teve a oportunidade de segurar a filha nos braços pela primeira vez. Contudo, se a regeneração natural não acontecer, pode ser necessário realizar uma cirurgia plástica no futuro, pois alguns dos dedinhos ainda apresentam alterações.
Aurora sofreu uma parada cardiorrespiratória durante a internação no dia 28 de junho, ficando sem batimentos cardíacos por aproximadamente 39 minutos antes de ser reanimada com sucesso pela equipe médica.
A profissional de enfermagem que administrou o banho foi afastada de suas funções de forma preventiva. A Polícia Civil do Acre está conduzindo a investigação do caso.
A transferência da bebê para Belo Horizonte foi uma medida emergencial, conforme afirmou Pedro Pascoal, secretário de Estado de Saúde, antes mesmo de o diagnóstico ser confirmado.

