Atualizada em 29/01/2024 10:51
Por exatos 20 anos, o Acre foi governado por um partido de ideologia esquerdista e que tinha no extrativismo vegetal a principal alternativa econômica. Não por acaso, a produção de soja chegou a ser proibida, sem nenhuma justificativa convincente. Nesse período, o agronegócio foi satanizado e controlado. Os pequenos produtores eram contidos com a burocracia quando tentavam obter crédito e os grandes, que não precisavam de financiamento, eram controlados por meio da legislação draconiana e fiscalização policialesca.
Por isso, o Acre ficou atinando e viu Rondônia crescer e se firmar com grande produtor de grãs, além de avançar na pecuária e na piscicultura. Para quem não sabe ou nação lembra, em 1998, por exemplo, quando a esquerda chegou ao poder no Acre, nosso estado tinha o dobro do rebanho bovino de Rondônia e 55 empresas de laticínios O Acre tinha apenas cinco à beira da falência.
Quando o governador Gladson Cameli (PP) derrotou o PT e a Frente Popular, em 2018, pondo fim a uma hegemonia após longos 20 anos, Rondônia já tinha revertido o quadro. Na verdade, Rondônia mais que reverteu o quadro, tanto que tinha um rebanho bovino três vezes maior que o Acre.
Nos últimos cinco anos, Rondônia apresenta crescimento em seu trabalho bovino, mas inferior ao crescimento do Acre. Em termos de laticínios, Rondônia ampliou de 55 para 130, mas o Acre saiu de apenas cinco praticamente falidos para 57 em pleno crescimento. Portanto, a diferença entre o governo do extrativismo vegetal para o governo do Agronegócio é grande, muito grande.
A mi dança radical no modelo de gestão, começa a apresentar outros efeitos positivos, além do crescimento e fortalecimento da pecuária e da indústria de laticínios. Tanto é que, pela primeira vez na história, a soja foi o principal produto exportado pelo Acre. Em 2023, o valor alcançado com a comercialização do grão chegou a US$ 18,8 milhões. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e de Serviços.
Em relação ao ano anterior, a exportação do grão aumentou 31,4%. Desde 2019, a área plantada e as safras de soja estão em franca expansão no estado. Com solo fértil, terras planas, clima propício e apoio governamental, o setor agrícola acreano tem se destacado cada vez mais em nível nacional.
“Apostamos no agronegócio e estamos colhendo os frutos. O Acre é uma terra abençoada e de gente trabalhadora. Não tenho dúvidas que os próximos anos serão ainda melhores e mais prósperos. Estamos no caminho certo e o Estado continuará dando as condições para que possamos avançar na geração de emprego e renda”, afirmou o governador Gladson Cameli.
A exportação de carne suína também registrou um importante crescimento. Saltou de US$ 1,5 milhão, em 2022, para US$ 5,5 milhões, em 2023. Variação de 264,9%, no período. Recentemente, o Acre recebeu autorização para venda da proteína animal ao Peru e República Dominicana. A chegada aos novos mercados, principalmente o país vizinho, é responsável pelo impulsionamento nas vendas.
Claro que, além desses dois produtos, castanha, madeira, carne bovina e milho completam o ranking das exportações locais. Ao todo, 51 países fizeram negócios com o Acre. A balança comercial encerrou o ano com saldo de US$ 40,6 milhões.
Vez dos indígenas
Pelo calendário de eventos turístico do Governo do Acre, 2024 será o ano dos indígenas. Serão 23 festivais indígenas, chegando a uma média de quase dois eventos por mês. A secretária de Povos Indígenas, Francisca Arara começa a mostrar serviço.
Incentivo
O Calendário de Eventos Turísticos do Acre de 2024 visa apresentar os eventos com temática cultural, desportiva, religiosa, ecológica ou qualquer outra modalidade que sirva como instrumento de incentivo ao turismo.
Condicional
Ima das condicionais apesentadas pela prefeita de Brasileia, Fernanda Hassem para se filiar ao PP foi comandar o processo sucessório em sua cidade. Por isso, a candidata do PP à Prefeitura e Brasileia será Suely Guimarães.
Liderança
Eleita e reeleita pelo PT, Fernanda Hassem deixou a cúpula petista furiosa ao trambalhar de mãos dadas com o governador em prol da população brasileiense. Naturalmente, ela é a maior liderança política de Brasileia e tem tudo para ajudar a eleger Suely Guimarães.
Pensa diferente
O deputado Tadeus Hassem (Partido Republicano), irmão da prefeita também apoiará Suely Guimarães, mas quer que este seja candidata pelo Partido Republicano. Claro que a prefeita não aceita essa imposição. Como o deputado sabe que teve apoio da prefeita para ser eleito e precisará dela em 2026, deve aceitar a condição.
Fortalecido
Estava na cara que o senador Alan Rick, presidente regional do União Brasil, mais cedo ou mais tarde iria anunciar apoio ao candidato do governador a Prefeitura de Rio Branco, doutor Alysson Bestene (PP). Aos poucos, a pré-candidatura de Alysson, que é secretário de Governo, cresce e se fortalece naturalmente.
De forma automática
O apoio dos deputados federais Ulysses Araújo e Eduardo Velloso virá naturalmente. O União Brasil tem muitos cargos no governo estadual e os deputados em questão também. Por isso, o apoio deles à a pré-candidatura de Alysson será de forma automática.
Aliança quebrada
Existia, segundo o senador Marcio Bittar um projeto de aliança entre União Brasil, Partido Liberal e Partido Republicano. Bittar não via nenhum problema em apoiar Alysson Bestene, mas depois passou a entender que o melhor caminho seria apoiar a reeleição do prefeito Tião Bocalom.
Motivo da mudança
Marcio Bittar não deixa claro, mas tudo nos leva a acreditar que o que o fez mudar de ideia foi a decisão do PP em não apoiar a reeleição do prefeito Tião Bocalom. O senador entende que a decisão do PP pode ressuscitar o PT e os partidos de esquerda, por meio da pré-candidatura do ex-prefeito Marcus Alexandre.
Candidato da esquerda
Segundo Marcio Bittar, apesar de ter se filiado ao MDB, Marcus Alexandre continua ligado ao PT e representa os partidos de esquerda na disputa pela Prefeitura de Rio Branco. Lideranças do MDB trabalha para afastar de Marcus Alexandre, os caciques do PT, notadamente Jorge Viana.
Euforia
Alguns cientistas políticas e bloqueios petistas mais eufóricos e empolgados, chegaram a afirmar, no início do primeiro semestre de 2023, que Marcus Alexandre venceria a disputa pela Prefeitura já em primeiro turno. No fim do ano, já um pouco mais sensatos, afirmaram que Marcus estava no segundo turno.
Pai de santo
Além de analistas e bloqueios, esses empolgados devem ser pai de santo. Na verdade, apesar de ainda lideras as pesquisas de intenções de votos, Marcus Alexandre já atingiu seu teto máximo e agora depende do desempenho do prefeito Tião Bocalom e das articulações do governador para ir ao segundo turno.
Dilema
No fundo, Marcus Alexandre começa a viver um dilema: ele precisa de apoio dos partidos de esquerda para continuar na zona de classificação para o segundo turno, mas ao ser identificado como candidato dos partidos de esquerda, o desgaste será tão forte que pode tirar o ex-petista de uma eventual segundo turno.