Atualizada em 24/06/2024 09:35
Vem do futebol, redundância à parte, o mais exemplar exemplo do que vem ser “liberdade”.
As resoluções da ONU-Organização das Nações Unidas, se devidamente obedecidas, ao menos pelos países que a integra, os principais conflitos existentes, cá dentro e mundo afora, e em particular, as guerras, se não integralmente eliminados, jamais estariam acontecendo com tanta freqüência. Acontece que, cada vez mais, menos as suas resoluções vêm sendo obedecidas.
Se os próprios EUA, quando não lhes convém, as desobedecem e se sob o comando de Wladimir Putin, a Rússia sente-se a vontade para fazer apenas o que lhes interessa, e a China, buscando se tornar a maior economia do planeta, não raramente, costuma aderir às resoluções aparentemente pacíficas, tanto as crises quanto as guerras entre países continuarão.
O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, embora o seu país tenha integrado ONU, no dia 11 de maio de 1949, tornando-se o seu 59º membro, dada a sua pretensão de eliminar o povo palestino, não tem dado a devida importância as resoluções da ONU, nem mesmo as orientações dos EUA. Em tempo: 193 países integram a ONU.
Daí a pergunta que não pode calar: por que as resoluções da ONU, não raramente, vêm sendo desobedecidas, enquanto as resoluções da FIFA-Federação Internacional do Futebol, sendo as mesmas em todos os países do mundo, independente de seus regimes políticos, de suas religiosidades ou de quaisquer outras motivações sempre são obedecidas, e quando não, seus infratores são exemplarmente penalizados?
Do mundo do futebol, o mais universal de todos os nossos esportes, emergiu os melhores exemplos para se enfrentar e combater a discriminação racial, e o mais importante, nenhum país do mundo é privilegiado em razão do seu poderio econômico, de sua capacidade tecnológica e do seu temível arsenal de guerra.
Lamentavelmente, na nossa atividade política, não existe regras universais que devam ser obedecidas, mas sim, aquela que diz: entre países não existem amizades, e sim, interesses.
Por fim: se os mais destacados filósofos da nossa história chegaram a imaginar que a política bastaria para a superação dos nossos conflitos, se vivos estivessem, estariam decepcionados.