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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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Nem palco e nem holofotes

                          Too good to be true. Traduzindo: tão bom para ser verdade

O recém empossado procurador-geral da República, Paulo Gustavo Gonet, declarou que no exercício da sua gestão não buscará palco e nem holofotes. Oportunamente, deu ênfase à harmonia entre os nossos poderes, afirmando se tratar de um pressuposto para o funcionamento proveitoso e resoluto do Estado Democrático de Direito. Repito: tão bom para ser verdade.

Disse ainda mais: de nós, do Ministério Público a nossa sociedade espera que atuemos firmemente na cobrança de nossas responsabilidades e nas investigações dos fatos, sempre que buscamos a punição e/ou a justa reparação.

O PGR, a sigla da instituição que será presidida pelo Dr. Paulo Gustavo Gonet, unilateralmente, irá lhes conferir poderes para, em sendo o caso, processar os políticos detentores do chamado foro especial, inclusive o próprio presidente da República.

Presente a solenidade de posse do já citado PGR, o presidente Lula solicitou que uma denúncia, contra ou a favor de quem quer que seja só seja tornada pública após os devidos esclarecimentos investigatórios. Logicamente, o presidente Lula se reportava aos espetáculos midiáticos promovidos ao tempo da famigerada e parcial Operação Lava, já que suas denúncias, a despeito de parciais e partidarizas, falavam bem mais alto que os próprios autos. E o mais importante: prometeu que jamais pedirá e nem pressionará o PGR, em seu favor.

Ainda da lavra do PGR: temos um passado a resgatar, um presente a nos dedicar e um futuro a preparar. Repito mais uma vez e num português claríssimo: tão bom para ser verdade.

Eu, particularmente, como as fake News, sobretudo as mais espalhafatosas, sempre resultaram e resultarão das mais perversas manipulações, portanto mentirosas e agressivas, como não mais trafegam de boca em boca, e sim, instantaneamente e superlativamente abrangentes, gostaria de saber como o novo PGR irá tratar os libertinos que usam e abusos do direito da liberdade de expressão para agredir a honra, a privacidade e a imagem das pessoas, ainda que inocentes.

Em parte sim, mas no todo não. Até porque, se o prestígio dos nossos representantes políticos encontra-se abaixo do fundo do poço, diria até, no seu volume morto, para recuperá-lo há que se proteger àqueles que com dignidade, honradez e competência buscam recuperar o que jamais deveríamos ter perdido, no caso, o respeito de nossa própria sociedade.

Por último, lembremos uma das mais celebres frases do imortal Rui Barbosa: “a força do direito deve superar o direito da força”.

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