Atualizada em 26/05/2025 16:41
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), aceitou o pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) e abriu inquérito contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O que aconteceu
Moraes pediu apuração de três crimes em que Eduardo é acusado. Os supostos crimes são: prática dos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado democrático de Direito. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu hoje ao STF que autorizasse abertura de inquérito contra Eduardo.
Pai de Eduardo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve prestar depoimento à Polícia Federal, afirma Moraes. “Para que preste esclarecimentos a respeito dos fatos, dada a circunstância de ser diretamente beneficiado pela conduta descrita e já haver declarado ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano”, disse o ministro.
Além dele, o próprio Eduardo e o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), autor do pedido, devem prestar depoimento. Por estar fora do Brasil, depoimento de Eduardo pode ser por escrito, decidiu o ministro. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deve indicar quais as autoridades diplomáticas brasileiras nos Estados Unidos estão aptas a prestar os esclarecimentos solicitados pela PGR.
PGR afirma que Eduardo estaria articulando sanções dos EUA ao ministro Alexandre de Moraes para “coagir” o STF. Na petição, Gonet cita declarações dadas pelo deputado à imprensa de que estaria realizando agendas com congressistas americanos e membros da gestão Trump para impor medidas do país contra Moraes, como proibi-lo de realizar transações, abrir contas em bancos e usar o cartão de crédito.
[UOL]