Atualizada em 12/05/2025 08:43
Os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam um cenário preocupante no Acre em relação ao saneamento básico. Segundo o levantamento, 63,27% dos domicílios permanentes ocupados no estado não estão conectados à rede pública de esgoto, ou seja, apenas 36,73% das residências têm acesso a esse serviço essencial.
A situação também é crítica no abastecimento de água. Apenas 52,56% das moradias contam com fornecimento regular por meio da rede geral. Os demais 47,44% dependem de fontes alternativas, como poços, rios e caminhões-pipa, o que evidencia a fragilidade da infraestrutura hídrica nos municípios acreanos.
O cenário atinge todas as regiões do estado e revela um desafio estrutural de grande escala. Mesmo em indicadores menos alarmantes, o Acre segue abaixo da média nacional. Um exemplo é o acesso a banheiros exclusivos: 86,03% das casas contam com esse item básico, importante para garantir dignidade e higiene à população.
Outro dado que chama atenção é o da coleta de lixo: 21,64% dos domicílios ainda não são atendidos regularmente por esse serviço, o que representa um risco tanto para a saúde pública quanto para o meio ambiente. Atualmente, 78,36% das residências no Acre recebem coleta de lixo de forma contínua.
Os números reforçam a urgência de investimentos em infraestrutura e saneamento para melhorar a qualidade de vida da população acreana e reduzir desigualdades históricas.