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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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Janela partidária

Nas democracias minimamente respeitáveis quem se elege  por um partido e dele se afastar, perde o mandato.

          Os partidos políticos são fundamentalmente importantes as democracias e se constituem nas melhores escolas para o aprendizado da própria atividade política. Neste particular os EUA e o Reino Unido, bem que se prestam como exemplos. Nos referidos países, somente seus partidos realmente consolidados e convenientemente estruturados terão condições de eleger àqueles que ocuparão os mais relevantes postos nas suas esferas de poder, em particular, as chefias dos seus respectivos governos.

             Nos EUA há mais de um século, o partido democrata e o republicano revezam no poder e, por certo, ainda continuarão se alternando por vários séculos. Lá, a disputa presidencial que ocorrerá este ano, para não variar, se dará entre Joe Biden e Donald Trump. Não por sê-los o que pessoalmente são, e sim, por pertencerem aos seus dois mais tradicionais partidos políticos.

            Uma coisa é ser orientado por aqueles que buscam dar os melhores exemplos, outra coisa é se deixar levar por alguém que tenha produzido um isolado fato heróico, e em razão dele, passa a ser considerado como um herói. Para não correr o risco de me decepcionar com tais falaciosos, todos os meus heróis já morreram. Maldita a nação que precisa de heróis.

           Quando ponho estadistas do naipe de Winston Churchill, Franklin Delano Roosevelt, Charles de Gaulle, Nelson Mandela e poucos outros, como heróis, tranqüiliza-me saber que nenhum deles irão me decepcionar. Se vivos ainda fossem, jamais me arriscaria a tanto.

           O nosso país, ao meu sentir, ainda não produziu ninguém que  mereça ser lembrado como herói, vá lá, como estadista. Daí as minhas preocupações com o crescente fanatismo cego e tóxico, que continua contaminando parcelas consideráveis da nossa sociedade. Em síntese: não tenho o ex-presidente Jair Bolsonaro e nem o atual presidente Lula nesta conta. Longe disto.

         Quando assisto a legalização da chamada janela partidária, um estímulo a fragilidade dos nossos paridos políticos, tenho a clara sensação que a nossa democracia caminha por caminhos absolutamente erráticos. E o pior: enquanto malandragens dessa ordem continuar prevalecendo, nossa democracia se enfraquecerá.

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