Atualizada em 24/09/2024 16:52
Em meio à crescente crise climática que afeta o Acre, o governo estadual deu mais um passo nesta terça-feira, 24, ao firmar um protocolo de intenções com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC) e a Universidade Federal do Acre (Ufac). O objetivo central é restaurar a bacia hidrográfica do Igarapé São Francisco, um dos principais cursos d’água de Rio Branco, que enfrenta os impactos da urbanização e das mudanças climáticas.
Com foco na recuperação ambiental e na melhoria da capacidade de macrodrenagem, o acordo busca mitigar os efeitos de enchentes, secas e poluição que ameaçam tanto o meio ambiente quanto a população ribeirinha.
O Igarapé São Francisco, que atravessa boa parte da capital, Rio Branco, tem sido uma referência tanto em questões ambientais quanto em desafios urbanos.
“Estamos aqui reunidos para enfrentar, de forma unida, os desafios ambientais que o Igarapé São Francisco nos impõe. A crise climática é real e afeta diretamente a vida da nossa população. Com essa parceria entre governo, TCE, Ufac, e todos estes outros parceiros presentes, daremos passos concretos para proteger nossas comunidades e preparar Rio Branco para o futuro”, declarou o governador Gladson Cameli.
União
Durante o evento, o governador Gladson Cameli destacou a importância da união entre as instituições públicas para enfrentar esse cenário, especialmente diante das crises climáticas que o estado do Acre e o Brasil têm enfrentado.
“Estamos atravessando talvez a pior seca da nossa história”, afirmou o governador. Ele lembrou que, mesmo com as queimadas e a seca severa, é essencial preparar-se para a próxima estação de chuvas, que pode trazer novas inundações.
A assinatura do Protocolo de Intenções entre o governo do Estado, a Ufac e o TCE-AC foi exaltada por Cameli como um “pacto para ações integradas no São Francisco”, envolvendo tanto iniciativas emergenciais quanto de médio e longo prazo. O objetivo, segundo o governador, é garantir segurança para as milhares de pessoas que habitam as áreas afetadas pelo igarapé. “A contribuição de cada órgão público aqui representado significa uma esperança para diminuirmos os efeitos das possíveis alagações”, afirmou.
Uma intervenção necessária
Ronald Polanco, conselheiro do TCE-AC e responsável pelo projeto, enfatizou a seriedade do trabalho desenvolvido. “Estamos há muito tempo levantando todas as informações, projetos, planos de manejo e estudos científicos”, disse. Ele salientou que as intervenções devem ser cada vez mais baseadas na ciência, dado o volume de água que o igarapé recebe, superando a capacidade de sua calha.
[Agência de Notícias do Acre]