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Exportação de carne suína apresenta aumento superior a 200% em 2023

Atualizada em 09/01/2024 10:58

Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior de Serviços, mostram que o Acre exportou 1.839 toneladas de carne suína, no período de janeiro a outubro de 2023. A quantidade representa o valor de US$ 4,7 milhões de dólares. Em 2022, as exportações no período forma de 718 toneladas, que representam US$ 1,5 milhão de dólares. O esforço do governador Gladson Cameli (PP) surtiu efeitos positivos.
No geral, as exportações acreanas, no mesmo período, foi de US$ 42,17 milhões de dólares, uma queda de 20,5% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 50,12 milhões de dólares). A carne suína e a soja tiveram aumento no valor das exportações em 2023, conforme pode ser verificado no gráfico abaixo. A maior queda no ano, foi observada nas exportações de madeira (-69%), caindo de US 16,6 para US$ 5,2 milhões de dólares de valor no período.
Ainda conforme os dados do governo federal, o principal destino (87%) da carne suína foi para o Peru, graças ao recente acordo de liberação do mercado peruano para o frigorífico Dom Porquito, em Brasiléia, na Regional do Alto Acre. A Dom Porquito faz parte do complexo agroindustrial acreano.
Em comparação dos dez meses de 2023 aos 2022, contata-se total mudança nos destinos das exportações. Por exemplo, a Bolívia, que em 2022 recebia mais de 80% das exportações de carne suína do Acre, recebeu, em 2023, somente 8,7% do total exportado. Já o Peru, que não fazia parte dos destinos das exportações, ocupa 87% das exportações de carne.
A maior parte das exportações da carne suína foi realizada pela alfândega de Assis Brasil (94%), na chamada Estrada do Pacífico que liga o Acre a território peruano. As demais alfândegas por onde saíram as nossas exportações, em 2023, foram Epitaciolândia (3,7%), Guajará-Mirim (1,3%) de o Porto de Santos (1%), para onde saíram as exportações para o Haiti e para Hong Kong.
Claro que a redução de volumes e preços dos produtos madeireiros no mercado internacional se deve, principalmente, a dois fatores. O primeiro é o alto estoque mundial criado nos anos anteriores e o consumo desses produtos, estimulado em função da pandemia de covid-19. O segundo é a conjuntura econômica mundial em 2023. Os maiores consumidores, com destaque para Estados Unidos e China, estão com altas taxas de juros e também inflação elevada. Tais fatores econômicos fazem com que haja uma redução no consumo mundial.
No período analisado, o setor florestal exportador de madeira do Acre perdeu mais de US$ 11,4 milhões de dólares, queda que abala economicamente esse importante setor da nossa economia. Embora seja importante e crucial a resolução das questões de mercado, os problemas de licenciamento ambiental também fazem parte do rol de problemas que o setor terá que resolver em 2024, visando o reestabelecimento dos seus níveis de normalidade e soerguimento da sua importância na economia acreana.
Evidente que devemos comemorar é o crescimento das exportações da carne suína acreana. O governo estadual tem discutido a ampliação de apoio ao setor, principalmente, para aumentar a oferta do produto pelo pequeno produtor rural, reestabelecendo a lógica do complexo agroindustrial, cuja estratégia prevê uma produção integrada (pequeno produtor/indústria). Políticas de regularização fundiária, de acesso ao crédito, via a criação de um fundo garantidor público, estão na pauta das discussões.
O diretor-geral da Dom Porquito, Paulo Santoyo, é um grande otimista, aposta num crescimento ainda maior do segmento. Segundo ele, não faltará demanda externa (mercado) se tivermos um aumento da oferta interna, estamos longe de atingir o total que o mercado externo quer demandar.
Segundo o diretor de mercados da Associação Brasileira da Proteína Animal ( ABPA), Luís Rua, explicou a expansão do mercado. Segundo ele, além da abertura de cinco novos relevantes mercados em 2023, países como Chile e Filipinas e Peru têm demandado mais a proteína brasileira. Além disso, podemos citar o aumento das exportações para o Japão e Coreia, consolidando o Brasil como um importante fornecedor nestes que são talvez os mercados de mais valor agregado no momento.
Decisão reformada
Ministro do Supremo Tribunal federal (STF), Edson Fachin, derrubou a decisão da Ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que indeferiu pedido de autorização para que o governador Gladson Cameli (PP) faça viagem oficial à China. O pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Gladson Cameli foi acatado nesta segunda-feira, 8, por Fachin.
Convite
O governador recebeu convite para participar do Brasil China Meeting, evento a ser realizado entre os dias 10 e 13 de janeiro de 2024, em Shenzhen, China e Hong Kong. Após ter pedido para fazer a viagem negado pela ministra Nancy Andrighi, a Procuradoria-Geral do Estado apelou ao STF e conseguiu reverter a situação.
Argumento
A Procuradoria-geral do Estado argumentou que a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça já autorizou Gladson, em ocasião anterior, a viajar para exterior para fins relacionados ao exercício do seu mandato e que a sua manutenção no cargo induz à plenitude de todas as suas obrigações e funções, como a representação do Estado junto à países.
A decisão
Fachin afirmou não encontrar razões para a manutenção da negativa da autorização. “Há farta documentação de que o paciente estará em atividade oficial inerente ao cargo de Governador que exerce. Não há indícios que relevem riscos de que o objetivo da medida cautelar imposta venha perecer”, afirmou Fachin.
Medidas cautelares
O pedido de autorização para realizar a viagem se dá em razão de terem sido impostas ao governador medidas cautelares diversas da prisão, entre elas a prevista no artigo 320, do Código de Processo Penal, em decorrência das investigações da Operação Ptolomeu. No retorno da viagem, Cameli deverá fazer a devolução do seu passaporte.
Deputado na Suframa
Deputado Coronel Ulysses (União-AC) se reuniu nesta segunda-feira, 08, com o superintendente da Zona França de Manaus (Suframa), João Bosco Gomes Saraiva. O encontrou ocorreu na sede do órgão, em Manaus (AM), e teve a finalidade de reivindicar mais incentivos para promover o desenvolvimento dos municípios do Acre abrangidos pelas Áreas de Livre Comércio (ALCs].
Incentivos
Na Suframa, Ulysses conheceu, com detalhes, os programas do órgão que garantem apoio e incentivos aos municípios dessas áreas. A coleta das informações servirá para ajudar os prefeitos e empresários que atuam nas regiões das ALCs a obterem os benefícios disponibilizados pela Suframa, que, segundo Ulysses, são indispensáveis ao desenvolvimento acreano.
Duas ALCs
O Acre possui duas ALCs – uma em Brasiléia, com extensão à Epitaciolândia, municípios localizados na fronteira com a Bolívia, e outra em Cruzeiro do Sul, no vale do Juruá, na fronteira com o Peru, sob a jurisdição da Suframa. Criadas em 1994, as Áreas de Livre Comércio têm o objetivo de facilitar o comércio de importação e de exportação, sob regime especial.
Emenda
Ulysses destinou R$ 1,5 milhão para o início das obras em Epitaciolândia (AC) de um Centro Turístico de Importação e Exportação. Segundo o deputado, o centro servirá para alavancar o comércio na região, impulsionado, assim, a economia local. “Lá em Brasília venho trabalhando para assegurar mais recursos para esse importante setor da economia acreana”, disse o deputado.
Prefeitos
Bosco Saraiva informou ao deitado Ulysses que, nos próximos dias, receberá em Manaus um grupo de prefeitos do Acre. “E isso já é fruto da reunião de hoje com o deputado Ulysses”, explicou. Saraiva ainda destacou a atuação de Ulysses que, em pleno recesso parlamentar, foi tratar dos interesses do Acre.
A verdade
Os patriotas que estavam acampados nos arredores dos quarteis em todas as capitais do Brasil, em momento algum cometeram crime. Na verdade, eles acamparam em frente aos quarteis em defesa da democracia, uma vez que houve ruptura jurídica por parte do STF que tem o descer e a obrigação de defender a nossa Constituição. Não houve golpe, mas sim um contragolpe.
Lisura no processo
No primeiro momento, antes da posse do novo Presidente da República, eles se manifestaram contra a falta de lisura no processo eleitoral e a manobra flagrante do Supremo Tribunal Federal (STF), que embarcou na narrativa do ministro Edson Facchin.
Contra corrupção
Segundo momento, após a posse de um condenado a mais de doze anos em todas instâncias, os patriotas passaram a promover atos em protesto ao STF, por ter rasgado a Constituição Federal, tornando um condenado candidato ao maior cargo da República. Ou seja, o manifesto em favor da democracia e contra a corrupção, agora institucionalizada no Brasil.

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