A Polícia Federal deflagrou, nesta segunda-feira (3), a Operação Dilapsio, que investiga um esquema de fraudes em licitações e lavagem de dinheiro envolvendo empresários e três prefeituras do Acre. O prejuízo estimado supera R$ 3,38 milhões em recursos da União. A ação foi realizada em parceria com a Controladoria Regional da União no estado (CGU/AC).
Segundo as investigações, o grupo atuava dentro das Prefeituras de Senador Guiomard, Plácido de Castro e Assis Brasil, onde agentes públicos e empresários teriam formado uma associação criminosa voltada ao direcionamento de contratos, simulação de processos licitatórios e uso de empresas de fachada. As apurações começaram em fevereiro de 2025, após informações enviadas pela CGU.
Os documentos analisados indicam que o esquema mirava recursos provenientes das emendas Pix, modalidade que permite o repasse direto da União aos municípios sem necessidade de convênio. A PF afirma que essa facilidade foi explorada para viabilizar o desvio do dinheiro público.
O núcleo empresarial da organização utilizava três empresas do ramo da construção civil, responsáveis por manipular licitações de serviços de engenharia nos municípios investigados. O valor desviado, segundo a PF e a CGU, ultrapassa R$ 3 milhões.
Como parte das medidas judiciais, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Epitaciolândia e em outros endereços ligados aos investigados. A Justiça Federal também determinou o sequestro de imóveis e veículos, além do bloqueio de valores equivalentes ao montante desviado.
As instituições seguem aprofundando as investigações para determinar a participação individual dos suspeitos e responsabilizar todos os envolvidos no esquema criminoso.

