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Direito absoluto

Atualizada em 08/11/2024 11:13

 Nada em nossas vidas poderá ser considerado como direito absoluto. Daí a importância das nossas leis.

            A liberdade de expressão, a de ir e vir e a de ação, entre outras, não são direitos absolutos, e por não sê-los, sempre que necessários alguns dos nossos direitos são oportunamente relativizados.

          Se a liberdade de expressão fosse um direito absoluto, o direito a honra das pessoas, por exemplo, após o avançar dos nossos meios de comunicações e das nossas já bastantes envenenadas redes sociais, após o advento da internet, sem as devidas e as indispensáveis comprovações, o mais inocente entre todos os nossos cidadãos, não se tornaria vítima dos injuriosos, dos caluniadores e dos difamadores.

          A liberdade de ir e vir, igualmente. Se fosse um direito absoluto, a quem um cidadão reconhecidamente honrado e pacífico haveria de recorrer, quando um malfazejo invadisse a sua própria residência e o ameaçasse de morte? Neste caso, a própria vítima, em sua própria defesa, passaria a dispor do direito de retirar a vida do próprio invasor, ainda que a vida de todos os cidadãos seja comparável a um direito absoluto.

                E o direito de agir, ou seja, de ação, é um direito absoluto? Não. E para tanto, encontramos nas nossas leis os seus próprios limites. Por exemplo: os sinais: verde, amarelo e vermelho que regulam o trânsito das nossas cidades, sem eles, praticamente se tornaria impossível se trafegar na nossa maior metrópole, no caso, a cidade de São Paulo.

             Liberdade desprovida de responsabilidade não atende aos nossos interesses públicos, e sim, aos libertinos, posto que, em sua grande maioria, devidamente remunerados, sejam para elogiar àqueles que os remuneram e ao mesmo tempo para agredir aos que são recomendados.

            Para os lulistas o ex-presidente Jair Bolsonaro é um genocida e para os bolsonaristas, o presidente Lula, um ladrão de quatro dedos. Se assim foi e assim continuar, jamais a nossa democracia se fortalecerá.

           Ultimamente, me dei ao desconforto de assistir o último debate transmitido pela TV-Globo, quando das eleições 2.022, entre os candidatos que chegaram ao 2º turno na disputa pela presidência da República, no caso, entre o então presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula, este na busca de um 3º mandato, e por mais uma vez, aumentou a minha sensação que estávamos caminhamos rumo ao caos, para tanto, basta que avaliemos os males que nossa polarização já nos tem proporcionado.

          Quando em uma disputa eleitoral, e a nível presidencial, se busca escolher o candidato que pareça menos ruim, e não o melhor, o resultado esperado não poderia ser outro, a não ser, o que ora vivenciamos.

       Como as expectativas para a disputa presidencial de 2026 não são boas, diria até, são as piores possíveis, resta-nos esperar pelo pior.

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