21.8 C
Rio Branco
quarta-feira, 14 de maio de 2025
O RIO BRANCO
Artigos do NarcisoColunistas

Dia de cão

Atualizada em 09/02/2024 12:12

   Os gregos denominavam os períodos marcados pelas influências malignas como “dias de cão”.

         O ex-juiz Sérgio Moro não tem o que reclamar do seu passado, particularmente, dos dias em que esteve à frente da Operação Lava-Jato, afinal de contas, o dito cujo viveu os seus mais gratificantes dias.

           Como o mundo gira e quem brinca com ele pode acabar se tornando um brinquedo, presentemente, o ex-juiz e ainda senador da nossa República, Sérgio Moro, passou a viver os seus mais angustiantes dias. Pior ainda: as acusações que pesam contra o seu próprio mandato partiram do PL, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e do PT, partido do presidente Lula.

          Como se não bastasse o seu indigesto isolamento, eis que surgiu um ex-parlamentar paranaense, de nome Tony Garcia, e decidiu por a boca no mundo, ou seja, tornar público o que fez, viu e testemunhou enquanto prestava o papel de agente infiltrado da Operação Lava-Jato, ou mais precisamente, do próprio juiz Sérgio Moro.

         Embora não fosse um sujeito conhecido nacionalmente, no Estado do Paraná Tony Garcia era bastante conhecido e consultado, justamente pelo volume de informações que o próprio detinha, particularmente, no submundo da política paranaense.

              Acontece que, após as primeiras declarações do próprio Tony Garcia, majoritariamente contrárias ao próprio Sérgio Moro enquanto magistrado, tamanha tem sido a sua publicidade que as mesmas passaram a exigir sérias investigações, até porque, se verdadeiras forem, não basta apenas à cassação do ainda senador Sérgio Moro, e sim, diversas outras condenações. Caso contrário, o próprio denunciante, Tony Garcia, precisa pagar pelos crimes de difamação, injúria e calúnia que cometeu.

            Pala gravidade dos crimes cometidos, segundo as acusações do próprio Tony Garcia, a Operação Lava-jato transformou-se numa organização criminosa e sob o rígido comando do então juiz Sérgio Moro. Volto a repetir: jamais tive o referido juiz em boa conta, mas nunca imaginei em vê-lo numa situação tão degradante.

            Não gosto da expressão “o nosso país precisa ser passado a limpo” mas no que diz respeito a apelidada República do Paraná, faz-se necessária que a mesma seja passada à limpo, afinal de contas, a dupla Sérgio Moro/Deltan Dallagnol agiram em nosso do Estado brasileiro.

            Quanto a bastante provável cassação do mandato do ainda senador Sérgio Moro, por dever de justiça, que não lhes seja negado o seu direito de defesa, ainda que esse mesmo direito tenha sido negado a diversas vítimas da suspeitíssima Operação Lava-Jato.

Artigos Relacionados

Ética e estética

Jamile Romano

A ver

Jamile Romano

Os tucanos batem asas para não baterem bicos mais

Jamile Romano

Na terrinha

Rubedna Braga

Três novas espécies de margaridas amarelas foram descobertas no Norte de Minas,

Jamile Romano

O drama de Petecão para emplacar Marfisa como vice na chapa do MDB

Marcio Nunes