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sexta-feira, 18 de abril de 2025
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Desastre anunciado

Atualizada em 10/04/2025 10:14

 O nosso regime presidencialista mantém-se arquejando e inspirando sérios cuidados

      Desde que os nossos deputados federais e senadores passaram a participar da elaboração do orçamento da nossa união federal, e mais ainda, com suas emendas orçamentárias sendo obrigatoriamente liberadas, que o nosso regime presidencialista vem sendo brutalmente seqüestrado. Presentemente, nada menos que 25% dos recursos que deveriam ser disponibilizados ao presidente da República vêm sendo manipulado pelos nossos congressistas e a base das mais espúrias negociatas, isto por quem deveria fiscalizá-lo. Lembremos o poeta “Juvenal: “quem vigia o vigia?”.

     Volto a repetir, esta safadeza orçamentária surgiu ao tempo em que éramos governados pela então presidente Dilma Rouseff e a nossa Câmara dos Deputados, presidida pelo Deputado Federal, Eduardo Cunha. Maldita coincidência, até porque, de lá para cá, e sempre num crescendo, os nossos orçamentos públicos, tanto o federal quanto os estaduais e diversos municipais estão sendo utilizados em favor dos seus respectivos parlamentares, seja na compra de votos para suas reeleições seja em prol dos seus próprios interesses financeiros.

     A partir de então, a independência e a harmonia entre os nossos poderes deixaram de existir e passou a prevalecer o que ora testemunhamos. Por estas e outras, e se vivo ainda fosse, o que estaria dizendo o Barão de Montesquieu? Mesmo morto e sepultado, chego a crer que ele costuma se remover no seu próprio túmulo, dado os disparates produzidos pela nossa capenga democracia.

    Daí a fragilidade, a pobreza e a descaracterização da nossa democracia, isto porque, o nosso poder executivo legisla o nosso poder legislativo executa e no meio dos tiroteios causados, quando chamado para arbitrar os nossos conflitos, o nosso poder judiciário passa a ser acusado de se sobrepor aos outros dois.

       Lamentavelmente, e em razão da polarização Lula/Bolsonaro, o que possa  ser útil e bom para o nosso país, mas se o for para os lulistas, os bolsonaristas são contrários. Para que ninguém me aponte como lulista acrescento: ao tempo em que éramos governados pelo presidente Jair Bolsonaro, o que pudesse ser útil e bom para o nosso país e se também fosse para o bolsonaristas os lulistas, de pronto, eram contrários.

     Segundo Bertolt Brecth, “infeliz é o país que precisa de heróis”. Eu, particularmente, sou adepto dessa afirmação, e como sou, nem em vida, e mesmo após as suas mortes, nem Lula e nem Bolsonaro farão parte do rol dos meus heróis, de um Montesquieu, de um Churchiil, de Roosevelt, etc.

     Dos dois, Lula e Bolsonaro, não espero heroísmo, e sim, que nas eleições de 2026, os seus nomes não apareçam nas nossas urnas eletrônicas.

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