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sábado, 19 de abril de 2025
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Panorama Político

Como a polarização pode ser usada para fortalecer a democracia

Atualizada em 13/07/2024 16:56

De forma clara e objetiva podemos afirmar que, em física, polarização é uma propriedade de ondas eletromagnéticas. Disse ainda que as ondas eletromagnéticas são tridimensionais e a polarização é uma medida da orientação espacial dos vetores campo elétrico e campo magnético.

Portanto, eletromagnetismo nada mais é do que uma das grandes áreas estudadas na Física. Seu objeto de estudo é a conexão entre os que chamamos de fenômenos da eletricidade e do magnetismo. Evidente que seu estudo teve grandes implicações na tecnologia, já que permitiu o desenvolvimento de motores, energia elétrica, baterias, celulares, televisores, computadores e internet.

No campo político, sobretudo da chamada política contemporânea, é muito comum ouvirmos falar também de polarização. No Brasil, a polarização começou com o sistema bipartidário durante a maior parte do governo militar, de 1964 a 1984 – ditadura militar, mais precisamente entre 1966 e 1979, quando havia apenas a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). A Arena foi PSD, PDS, PPR, PPB e, desde 2017 chama-se PP. Já o MDB aumentou uma letra, em 1980 e passou a ser chamado de PMDB, mas em 2017 voltou ao normal, ao glorioso MDB.

Podemos ainda afirmar que, no cenário político, a polarização está relacionada a uma divisão da sociedade em polos, que representam posições diferentes sobre um determinado tema. No entanto, essa palavra tem sido usada de modo negativo, uma vez que passou a se referir a disputa entre dois grupos que se fecham em suas convicções e não estão dispostos ao diálogo.

Para completar, há que esteja de fora desse confronte de ideias que responsabilizam o ex-presidente da República e atual como os maiores responsáveis por essa polarização.
Claro que polarização política pode ser estimulada por líderes políticos, mas responsabilizar o ex-presidente e o atual por esse processo seria forçar a barra. Vale lembrar que apesar de ser um fenômeno muito falado hoje em dia, o melhor modo para começar a entender a polarização é olhar para trás.

A exemplo de qualquer outro animal, o corpo do ser humano se modificou ao longo do tempo com um objetivo claro, apesar de inconsciente: adaptar-se às circunstâncias e ao ambiente para sobreviver o maior tempo possível. Uma das estratégias utilizadas era se juntar a outros indivíduos e formar grupos. Para ser aceito em um grupo, era preciso se mostrar digno de confiança, o que por sua vez exigia lealdade, sinceridade e fraternidade.

Agir de modo coordenado e organizado era fundamental para que um agrupamento de indivíduos. O problema se agrava quando levada a fundo, implica em abrir mão da própria individualidade para aceitar as normas, crenças e ideias do grupo. Com isso, podemos dizer que nosso cérebro foi programado para encontrar uma turma, e se adaptar a ela. O grupo passa a fazer parte da identidade individual.

Dessa forma, existe um prazer em ser fiel ao grupo, enquanto mudar de ideia e se opor ao grupo com o qual nos identificamos é altamente desconfortável. O mesmo fenômeno ocorre entre as torcidas dos times de futebol, que divide famílias, vizinhos e até marido e mulher. Polarização é sinônimo de democracia, de ideias e pensamentos diferentes.

Vale lembrar que no passado, tudo isso fazia sentido, pois tratava-se de uma questão de vida ou morte, uma vez que a sobrevivência dependia de ser leal a um grupo e de tratar adversários como inimigos mortais. Claro que nos dias atuais, essa estratégia pode trazer consequências negativas. Mesmo assim, ao contrário do que muitos afirmam, não vejo a polarização como um problema para a nossa democracia, mas sim uma solução. O que precisa e deve existir é a racionalidade.

Vale lembrar que ao longo dos séculos, a humanidade se organizou de formas complexas e criou sistemas para organizar o poder. A democracia, mesmo que de forma representativa, é algo imprescindível nesse processo. Por meio da democracia, não seria necessário usar a força ou atos maliciosos para chegar ou voltar ao poder: a disputa não aconteceria por meio da violência, mas pela discussão de ideias e apresentação de propostas para melhorar a vida de todos. Quem convence mais cidadãos e consegue mais votos chega aos postos de comando.

Não por acaso, a democracia vai muito além do voto. No livro: “Como as democracias morrem”, best-seller, lançado em janeiro de 2018, Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, ambos admiradores de ideologia esquerdista, falam muita coisa, mas esquecem que a corrupção e a falta de ética dos líderes (sejam o executivo, legislativo ou judiciário) assassinaram e continuam a assassinar o regime democrático. O mesmo equivoco, os dois em outra obra não menos importante: “Como salvar a democracia”, lançada em janeiro de 2023.

Não há democracia com corrupção, afinal, quem é democrático não pode e nem deve ser corrupto.

Sem omissão
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) aprovou, por unanimidade, Projeto de Lei de autoria do deputado Adailton Cruz (PSB), que institui o programa “Não Se Omita”. O projeto cria política estadual abrangente de prevenção, divulgação, combate e conscientização sobre a violência contra a mulher e o feminicídio. O presidente da comissão, deputado Manoel Moraes (PP) afirmou que o projeto tem largo alcance social.

Objetivos
O relator do projeto, deputado Eduardo Ribeiro (PSD), apresentou parecer favorável à sua aprovação. O parlamentar afirmou que o programa tem como objetivos principais promover a disseminação de materiais informativos sobre violência contra a mulher e feminicídio, conscientizar a sociedade para que não se omita diante de tais crimes, reduzir o número de feminicídios, ataques violentos e abusos sexuais contra mulheres.

Compensação
A CCJ da Aleac também aprovou Projeto de Lei que trata da compensação ambiental e reposição florestal, além de alterar o art. 40 da Lei nº 1.904, de 2007, sobre o zoneamento ecológico e econômico. Este projeto estabelece critérios específicos para a compensação ambiental e a reposição florestal, contribuindo para a proteção e a sustentabilidade ambiental do Acre.

Diretrizes
Deputado Chico Viga (PDT) se destacou o trabalho realizado pelo deputado Tadeu Hassem (Partido Republicano), presidente da Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia Legislativa do Acre, onde foram discutidas as Diretrizes Orçamentárias para 2025. Viga enfatizou as mudanças significativas no artigo que tratava dos percentuais de serviços, tornando-o mais acessível e compreensível para todos.

Avanços
Chico Viga também mencionou os avanços nas emendas parlamentares, que passaram de R$ 200 mil para R$ 2 milhões ao longo dos anos. Em 2019, as emendas eram destinadas principalmente à saúde e segurança, mas conseguimos incluir a educação e outras áreas. É importância garantir que as emendas cheguem às áreas mais necessitadas. Por isso, foi estabelecemos que 50% das emendas fossem destinadas a entidades sem fins lucrativos, permitindo que associações locais recebessem recursos.

Tribuna Livre
Programa Tribuna Livre desta segunda-feira, 15, na TV Rio Branco-Rede Cultura, vai receber o presidente da Executiva Municipal do PL, João Paulo Bittar. Segundo ele, o prestígio político do ex-presidente Jair Bolsonaro e o empenho pessoal do governador Gladson Cameli (PP) serão decisivos para a virada do prefeito de Rio Branco Tião Bocalom. João Paulo também destacou a importância do PP e do doutor Alysson Bestene, vice de Bocalom.

Campanha antecipada
A entrada do deputado Emerson Jarude (Novo) na disputa pela Prefeitura de Rio Branco tem dois objetivos bem claros: divulgar o partido Novo e antecipar a campanha do deputado, seja na luta pela reeleição ou por uma vaga na Câmara Federal. O mesmo podemos afirmar em relação ao ex-deputado Jenilson Leite (PSB). O doutor Jenilson não tem sequer apoio do deputado Adailton Cruz, único representante do partido na Assembleia Legislativa.

Baboseira
Um secretário de Estado ao conceder entrevista a um programa de televisão afirmou que ideologização do processo eleitoral é uma tremenda baboseira. Tudo bem, levando em conta o fato de ele ter sido deputado pela extinta Frente Popular, ele tem lá seus motivos. Mas deveria evitar falar asneiras, pelo menos nos meios de comunicação social.

Provas explicitas
Os acreanos não querem mais nada com o PT e nem com outros partidos de esquerda. Os resultados das três últimas eleições servem com provas disso. Em 2018, Gladson deu uma surra no PT de Marcus Alexandre, em 2020, o PT não ficou nem no G-4. Em 2022, mesmo sem apoio dos principais aliados que estiveram com ele em 2018, o governador Gladson Cameli (PP) venceu o PT de Jorge Viana e Marcus Alexandre com a facilidade de quem empurra bêbado em ladeira.

Nem Marcus quer
Nem mesmo Marcus Alexandre que exerceu cargos importantes nas gestões do PT e prefeito de Rio Branco duas vezes, quer mais acordo com o PT ou identificação com a esquerda. Saiu do PT e foi correndo para o MDB para poder sonhar em voltar a comandar a Prefeitura de Rio Branco. Se ele tivesse no PT ou em algum partido da esquerda jamais estaria a liderar as pesquisas de intenções de votos.

Mais uma condenação
Recurso da organização Sleeping Giants Brasil em processo movido pela Rádio e TV Jovem Pan, foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Por isso, a condenação de primeira instância ao grupo ativista por “campanha difamatória” contra a emissora, foi mantida integralmente. No acórdão, os desembargadores citaram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes para embasar a decisão.

Quem são os lacradores
Sleeping Giants é uma organização progressista de ativistas digitais que afirma combater discursos de ódio e desinformação de forma anônima na internet. No Brasil, a organização sem fins lucrativos, já faturou mais de R$ 2, 5 milhões e é composta por ativistas ultra esquerdista, que nutri ódio e repulsa ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e ao ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

Jogo sujo
O Sleeping Giants Brasil também tem se dedicado à produção de artigos, pesquisas e análises sobre as falhas na publicidade digital, contribuindo para melhor performance do Governo Federal e recuperação do prestigio pessoal do Presidente petista, que se encontra em queda livre. A organização também manter processo de perseguição aos que ousam questionar o governo petista.

Jornalista e campo
Campeonato se Futebol Soçaite promovido pelo Sindicato dos Jornalistas do Acre tem sequencia neste domingo, 14, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), com ter jogos válidos pela terceira rodada. Às 8h, Secom da Prefeitura x Acre News; às 9h, AC 24h x TV e às 10h, no jogo mais esperado da rodada, o líder Rede Amazônica enfrenta a Secom do Governo, vice líder.

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