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Campo/cidade

Atualizada em 23/05/2024 10:34

As poderosíssimas e modernas máquinas, e ora   automatizadas, dificultaram a vida no campo.  

            No Brasil, até o ano de 1950, a população urbana representava 19% do seu total e em 1965 este percentual alcançou os 50%, numa claríssima sinalização que o nosso país caminhava, a passos largos, para se tornar majoritariamente urbano. Resultado: em 2010 o percentual da nossa população, vivendo nos nossos principais centros urbanos, atingiu 85%.

         No decorrer de 460 anos, no nosso país, sem maiores atropelos, predominou a vida no campo, porém nos últimos 60 anos as nossas cidades experimentaram um extraordinário crescimento de suas populações, e ao mesmo tempo assistimos o estabelecimento a criação de novas cidades.

        A corrida campo/cidade se deveu as precárias condições daqueles que viviam no campo: sem energia elétrica, sem água tratada para consumo humano, sem escola para si e especialmente para seus filhos, sem o mínimo de assistência médica, inclusive para as mulheres gestantes e dispondo apenas uma única fonte de renda, a que conseguiam extrair do trabalho rural.

       Passar a morar nas cidades, na suposição e até mesmo na  esperança que suas vidas melhorariam, passou a ser a prioridade da grande maioria daqueles que viviam no campo. Aos jovens, bastaria assistir as primeiras novelas e os programas televisivos só exibidos nas cidades para nelas pretenderem se fixar.

     Pior ainda: com a chegada das super-máquinas, daquelas que num dia produzia muito mais do que um contingente superior a 100 homens, para a mão de obra rural ir sendo cada vez mais desvalorizadas.

     Acontece que nas cidades existentes e nas outras que foram surgindo, não se prepararam para receber os contingentes de pessoas oriundas dos campos e disto resultou o que presentemente denominamos de irresponsabilidade urbana. Vejamos os favelados que presentemente vivem nas nossas grandes cidades, entre eles, os sacrificados que residiam em mais da metade das cidades do Estado do Rio Grande Sul.

Nossos atuais governadores e prefeitos devem ser responsabilizados pelas nossas tragédias urbanas, mas precisamos levar em conta as malditas heranças que receberam.

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