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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
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Busquei e não encontrei

 O que tem a ver regime político com religiosidade?

          Dirijo-me aos cristãos, sobretudo àqueles que buscam confundir regime político com suas vocações religiosas fazendo-lhes a seguinte pergunta: em que versículo da nossa bíblia o regime comunista é citado, seja para exaltá-lo ou para condená-lo? Espero que os católicos apostólicos romanos e àqueles que pertencem as nossas diversas tendências religiosas me esclareçam. Do contrário, as minhas angustiantes dúvidas permanecerão.

         Tenho por certo uma coisa: a mistura entre convicções políticas e religiosas são sempre nocivas. Como nasci numa família tradicionalmente cristã achei por bem segui-la, embora dedicando o maior respeito àqueles cujas religiosidades diferissem da minha.

         Ninguém mais que o presidente recém eleito da Argentina, Javier Miei, se revelou contrário ao regime comunista quanto ele, e com freqüência dirigia as suas mais ácidas fúrias a China e o Poquito Más, ao nosso país. Presentemente não mais, afinal de contas, os dois países acima citados, são exatamente os dois que a Argentina mais carece para sair da gravíssima crise em que se encontra. Ainda bem que o dito cujo, Javier Milei, já começou a flertar com ambos.

      Pior, mil vezes pior para nós, brasileiros, é a polarização política em que nos encontramos, diga-se de passagem, uma polarização que despreza os partidos políticos, as instituições politicamente desejáveis e necessárias e vem exaltando o lulismo e o bolsonarismo, numa equivocada homenagem a ao atual presidente Lula e ao ex-presidente, Jair Bolsonaro. Repito: todos os meus heróis já morreram.

     Infelizmente, no nosso país, todo dia é dia de eleição, afinal de contas, os nossos anos ímpares são dedicados as pré-campanhas, e os pares, para escolhermos àqueles que irão nos governar. Lamentavelmente, em tais processos, o ódio tem estado presente.

     A propósito e neste particular ninguém poderá me contestar, as nossas eleições só têm nos propiciado os maiores genocídios de reputações, sobretudo, após o advento da internet e da preocupante,  IA-Inteligência Artificial.

    Tudo contra a censura, mas com os extraordinários avanços tecnológicos propiciando que as fake News pareçam verdades e sejam ampla e rapidamente divulgadas, após os chumbos que são trocados, só irão restar cegos os banguelas.

   A liberdade de expressão não pode permitir que as agressões, freqüentemente manipuladas, sejam determinantes para que escolhamos os nossos representantes políticos, e neste particular, a mistura entre política e religião já se revelou um dos piores venenos.

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