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terça-feira, 25 de novembro de 2025
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Bolívia vai às urnas para selar guinada à direita em eleição histórica

  • Por (Jovem Pan)

Em um cenário político inédito, eleitores decidem entre um projeto de centro-direita moderado e uma agenda neoliberal mais radical para governar um país polarizado e com grandes desafios pela frente

Bolívia vive um domingo (19) histórico com a realização do segundo turno de suas eleições presidenciais, um evento que sacramenta o fim de quase duas décadas de governos de esquerda no país. Pela primeira vez desde a reforma constitucional de 2009, os bolivianos retornam às urnas para uma rodada final, que será disputada por dois candidatos de oposição, consequência direta de uma implosão no partido governista, o Movimento ao Socialismo (MAS), causada por um racha entre o ex-presidente Evo Morales e o atual mandatário, Luis Arce.

A disputa pelo comando do país se dará entre dois políticos de orientação à direita, mas com visões e estratégias distintas para o futuro da nação. De um lado, está o senador Rodrigo Paz Pereira, do Partido Democrata Cristão, que terminou o primeiro turno na liderança de forma surpreendente. Apresentando-se como uma figura mais moderada, Paz Pereira busca atrair os eleitores frustrados com a polarização, propondo um “capitalismo para todos” e a descentralização do Estado. Filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora, ele também sinalizou a intenção de dialogar com líderes regionais, como o presidente brasileiro.

Seu adversário é o experiente político conservador Jorge “Tuto” Quiroga, da aliança Liberdade e Democracia. Quiroga, que já governou o país interinamente entre 2001 e 2002, representa uma direita mais alinhada ao neoliberalismo, defendendo medidas como o corte de empregos públicos e a privatização de recursos naturais. Um forte opositor de Evo Morales, contra quem já disputou eleições, ele busca inspiração em figuras como os presidentes de El Salvador e do Equador. Curiosamente, Quiroga já foi ministro no governo do pai de seu atual rival.

Independentemente de quem sair vitorioso, o próximo presidente boliviano encontrará um caminho desafiador. O novo governo não terá maioria no Parlamento, o que exigirá a construção de alianças políticas em um ambiente propenso a agitações sociais e instabilidade.

 

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