Atualizada em 01/11/2024 11:05
O bolsonarismo, a outra banda da nossa polarização política, saiu derrotado das eleições municipais/2024 e o lulismo também.
Se não bastasse a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, até o ano de 2.030, cuja revogação dificilmente acontecerá, uma série de outras graves denúncias, entre elas, a de ter atentado contra a nossa democracia, há que ser cuidadosamente investigado, e em sendo o caso, severamente punido. Entretanto, diversos outros erros, e foram muitos, entre eles, o fato dele ter empurrado, goela abaixo, determinadas candidaturas, contra a vontade de seus potencias aliados, e em diversas prefeituras. Politicamente, só veio enfraquecê-lo. A exemplificar;
Para ele, nada poderia ter sido mais desastroso que a candidatura do jovem bolsominion, Fred Rodrigues, à prefeitura de Goiânia. A referida candidatura veio contrariar irremediavelmente os interesses do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o patrocinador nº 1 da candidatura de Sandro Mabel, integrante do seu partido. Como se isto não bastasse, faltando apenas três dias para as eleições, em 2º turno, a ex-primeira Michelle Bolsonaro, participou de um comício, em Goiânia, certamente, em favor do citado bolsoinion e ainda se dispôs a fazer duríssimas e severas críticas ao governador Ronaldo Caiado. Se tudo isto não bastasse, o próprio Jair Bolsonaro se fez presente em Goiânia, no exato dia eleições, em 2º turno, e propositadamente, acompanhou o dito cujo, Fred Rodrigues, até as urnas em que o mesmo iria depositar seu próprio voto.
Em relação à derrota do candidato a prefeitura de Belo Horizonte, Bruno Engler, para além da derrota do próprio Jair Bolsonaro também foram derrotados o governador das Minas Gerais, Romeo Zema, e o garoto propagada do bolsonarismo, Nicolás Ferreira. Em Fortaleza e em Curitiba, duas das nossas importantíssimas capitais, o apoio recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro não conseguiu salvar seus candidatos de duríssimas e amargas derrotas. E em São Paulo?
Na disputa pela prefeitura de São Paulo, a maior e mais importante colégio eleitoral do nosso país, a bem da verdade, diga-se: o vencedor, Ricardo Nunes, nunca foi o candidato dos seus sonhos. Prova disto, no 1° turno, Jair Bolsonaro sequer conseguia esconder sua preferência pela candidatura de Pablo Marçal, e no decorrer do 2º turno pouco ou nada fez, diferentemente do governador Tarcísio de Freitas, este sim, fizera das suas tripas coração, em favor da candidatura de Ricardo Nunes.
De tudo isto resultou um questionamento que não pode calar: qual a influência dos resultados das recentes eleições municipais com àquelas que advirão em 2026? Nenhum, a não ser para se fazer determinadas especulações. Vejamos: o próprio Jair Bolsonaro, em 2018, filiado ao PSL, não contava com um único prefeito filiado ao seu nanico partido.