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domingo, 11 de maio de 2025
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Policial

Acusado de matar adolescente dentro de ônibus quando vítima ia para escola pega mais de 23 anos de prisão no AC

Atualizada em 07/03/2024 14:29

Natanael Silva Oliveira foi condenado a 23 anos e três meses de prisão por matar o adolescente Adriano Barros Cataiana, de 15 anos, em julho do ano passado. O crime ocorreu no bairro Tancredo Neves, em Rio Branco, dentro de um ônibus quando a vítima ia para a escola.

O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (6) na 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca. O júri popular condenou Natanael por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele não pode recorrer da sentença em liberdade.

A reportagem não conseguiu contato com a advogada que atuou no júri popular.

Natanael Oliveira foi preso dois dias depois do crime, e denunciado em setembro do mesmo ano. Em fevereiro desse ano, o juiz de Direito Alesson Braz negou um pedido de soltura da defesa e manteve o acusado preso.

Segundo as investigações, o crime foi motivado por vingança. Oliveira confessou que matou o adolescente após ter um caso amoroso conturbado com a mãe da vítima. No entanto, depois do término, saiu da cidade e foi morar em um lugar isolado.

Ainda em depoimento, ele disse que o adolescente ficava dizendo que iria matá-lo. Ao pegar o ônibus, no dia do crime, encontrou a vítima por coincidência e atirou pelas costas na cabeça do adolescente.

De acordo com o processo, o acusado manteve um relacionamento de sete meses com a mãe da vítima e, após o término, ameaçava a mulher e até tentou matá-la em uma das vezes. O filho a teria defendido em uma das agressões. Em depoimento, a mãe conta que Natanael mandava mensagens e havia dito que iria mexer com o que mais doía nela.

O tio da vítima, Jomar Machado disse ao g1, na época do crime, que o acusado foi denunciado várias vezes devido às agressões contra sua sobrinha, porém, não chegou a ser preso. A família clamava por justiça e contou que o adolescente estava há três meses em Rio Branco.

Na denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC), assinada pelo promotor Efrain Enrique Mendoza, é citada uma das frases que a mãe disse ao chegar no local do crime e ver o filho morto: “Meu Deus, acorda meu filho, por favor meu filho, meu amor.”

Ainda segundo o processo, a mãe contou que sabia que o acusado faz parte de uma facção criminosa. .

“Conforme investigações, foi apurado que o denunciado teria sido por um período de tempo padrasto da vítima, visto que teve um relacionamento com a genitora dele. Todavia, na data da ocorrência do crime o relacionamento já havia terminado. Assim, a motivação para o crime foi deveras torpe, uma vez que se deu em razão de vingança do denunciado pelo fim do relacionamento com a genitora da vítima”, destaca o documento assinado pelo promotor.

Além disso, o promotor anexou fotos do adolescente no dia a dia com a família e trabalhando, ajudando o pai em alguns ‘bicos’. O material ajudou a embasar a tese de que o estudante era inocente e um jovem cheio de planos que foram interrompidos pelo acusado.

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