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Acre inicia estratégia para vacinar jovens de 15 a 19 anos contra o HPV e quer imunizar 31,2 mil jovens

Atualizada em 07/03/2025 17:19

O Programa Nacional de Imunização no Acre (PNI) está colocando em prática as ações que têm o objetivo de vacinar 31,2 mil jovens ainda sem a proteção contra o HPV. O Ministério da Saúde (MS) lançou estratégia, no final de fevereiro, para avançar na proteção desse público.

O foco, de acordo com o MS, será em 121 municípios brasileiros com as maiores taxas de não vacinação, que somam um total de 2,95 milhões de adolescentes em todo o Brasil. A meta é imunizar ao menos 90% desse público-alvo.

Em Rio Branco, uma das cidades selecionadas, a intenção é alcançar 31,2 mil jovens, o que equivale a 40% do público não vacinado, estimado em 78.689.

A implementação deve ser gradativa, com alcance total de todos os municípios ao final da estratégia. Estão previstas ações de microplanejamento que envolvem a mobilização de estados e municípios para vacinar adolescentes em pontos estratégicos como escolas, faculdades e salas de vacinação.

Os municípios deverão elaborar seus próprios planos de ação, com base nos dados locais, para garantir que a vacina chegue até os adolescentes que perderam a oportunidade de serem imunizados anteriormente.

Conscientização

A coordenadora estadual de Imunizações, Renata Quiles, destacou que a resistência muitas vezes está ligada ao fato de os pais não quererem falar sobre o assunto.

“A vacina contra o HPV tem como objetivo prevenir a infecção por um vírus perigoso, que é o papilomavírus, microorganismo que está intimamente relacionado aos casos de câncer de colo de útero, pênis, vagina, vulva e orofaringe. Justamente por falarmos tanto sobre as questões íntimas, relacionadas a órgãos genitais, existe uma resistência em aderir a essa vacina”, explica.

O público-alvo dessa imunização não foi escolhido à toa. A dose deve ser dada na infância e adolescência para que, quando o jovem iniciar a vida sexual, já tenha se prevenido, dando chances de o organismo produzir os anticorpos necessários para sua proteção.

“A vacina HPV, justamente por questões religiosas, tradições e desinformações divulgadas sobre ela, é uma vacina muito estudada, avaliada e monitorada, tendo sua qualidade e segurança reforçadas todos os anos. É segura, necessária e todos nós devemos ter a oportunidade de ter acesso a ela. Para os adolescentes, o SUS garante de forma gratuita, e para os adultos pode se encontrar nas clínicas privadas de vacinação e, em alguns casos especiais, no Crie [Centro de Referências para Imunobiológicos Especiais]”, reforça a coordenadora.

[Agência de Notícias do Acre]

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