A coleta de lixo em Rio Branco foi parcialmente interrompida na manhã desta sexta-feira, 14 de novembro, após um gari ser violentamente agredido durante o serviço. O ataque ocorreu na tarde de quinta-feira, na Travessa Havaí, no bairro da Glória, na região da Sobral. Segundo relatos dos próprios trabalhadores, o profissional foi atingido por uma pedra depois de explicar a um morador que não poderia recolher uma garrafa de vidro descartada de maneira irregular.
Conforme informado pela categoria, o homem teria se irritado ao ouvir que o vidro, por estar solto, representava risco de acidentes e não poderia ser recolhido daquela forma. Em seguida, lançou uma pedra contra o gari, atingindo sua cabeça. Com ferimentos graves, o trabalhador foi levado ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde recebeu atendimento de urgência.
O episódio causou forte revolta entre os demais coletores, que se reuniram no pátio da empresa responsável pelo serviço, localizada no bairro Santa Inês. Eles denunciam a falta de segurança enfrentada diariamente e afirmam que a paralisação é um pedido por proteção, respeito e pela responsabilização do agressor, que fugiu logo após o ataque.
Os garis reforçam que o descarte correto de vidros é essencial para evitar acidentes. O material deve ser acondicionado de forma segura, em caixas, garrafas PET, papelão ou embalagens que impeçam cortes, além de sinalizado como cortante. Apenas vidros inteiros e bem embalados podem ser recolhidos com segurança; itens soltos, quebrados ou mal acondicionados não devem ser coletados devido ao risco de ferimentos.
Enquanto a Polícia Militar realiza buscas para localizar o autor da agressão, a categoria afirma que só voltará ao trabalho normalmente após receber garantias de segurança e medidas concretas das autoridades. Para os trabalhadores, o caso evidencia a urgência de políticas que protejam esses profissionais essenciais e previnam novas situações de violência.

