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terça-feira, 25 de novembro de 2025
O RIO BRANCO
Artigos do Narciso

Basta de trambolhos.

  1.  O MBL foi o movimento político que resultou na criação de mais um dos nossos partidos políticos.

A nossa estrutura político-partidária se encontra atolada, até o gogó, numa verdadeira bagunça, posto que, no nosso país, dado suas baixíssimas qualidades e elevadíssimas quantidades, os nossos partidos políticos não mais estão merecendo o mínimo de confiabilidade e respeitabilidade.

No nosso Congresso Nacional vamos encontrar senadores e deputados federais filiados a mais de 20 partidos políticos e após as instituições dos fundos partidários e eleitorais e das bilionárias emendas parlamentares aos nossos orçamentos públicos, gerenciar um partido político transformou-se num dos mais vantajosos negócios do nosso país.

No nosso orçamento federal, o do ano corrente, mais de 60 bilhões de reais serão gerenciados pelos nossos dirigentes partidários e, conseqüentemente, em benefício de seus respectivos afiliados. Em emendas parlamentares, pelos seus canos escoarão R$-50 bilhões de reais.

O primeiro absurdo que extrairemos das referidas emendas parlamentares vem ser o seguinte: as elaborações dos nossos orçamentos públicos, e nos seus três níveis: federal, estadual e municipal, deveria ser de exclusiva competência do nosso presidente da República, dos nossos governadores e dos nossos prefeitos, e aos seus poderes legislativos a responsabilidade de aprová-los e fiscalizar as suas execuções.

Nada mais politicamente condenável, embora já tenha se transformado na principal preocupação e zelo dos nossos parlamentares, particularmente dos nossos senadores e dos nossos deputados federais, destinar e liberar as suas emendas aos seus potenciais cabos-eleitorais, particularmente, aos prefeitos que venham apoiá-los em suas reeleições.

Em relação ao nosso mais novo partido político, o “Missão”, apesar do seu sugestivo nome, não restou claro qual será a sua verdadeira missão, embora o deputado federal, Kim Kataquiri, seu mais destacado  patrocinador e estimulador, venha prometendo que o mesmo será o mais democrático e republicano.

Em princípio, como sou contrário a fragmentação partidária e a sua multiplicidade, tenho as estruturas partidárias dos EUA e da Inglaterra como exemplos. Portanto, não dou os votos de boas vindas ao “Missão”, isto porque, os cemitérios para onde são levados os partidos políticos que não cumpriram com suas missões.

Numa democracia em que a infidelidade partidária veio ser legalizada, a exemplo da nossa, e que permite que um detentor de mandato eletivo possa trocar do partido levando consigo o seu mandato, ao viés da criação de novos partidos, faz-se urgente e necessário que os mesmos, entre eles,   o Missão, cumpram com as suas prometidas missões.

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