O programa Exporta Mais Amazônia teve início nesta segunda-feira, 29 de setembro, na Universidade Federal do Acre (Ufac), em um momento considerado estratégico, já que antecede a COP30, marcada para novembro, em Belém (PA). O evento reúne representantes de 18 países interessados em adquirir produtos originários da Amazônia, incluindo o Acre. Entre os participantes estão compradores da China, Estados Unidos, Japão, Índia, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Peru, Chile, Irlanda, Reino Unido, Indonésia, Equador, Itália, Países Baixos, Suíça, Moçambique, Rússia e Bulgária.
A iniciativa é promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O objetivo principal é aproximar empresas brasileiras de compradores internacionais, com destaque para produtos amazônicos sustentáveis e compatíveis com a conservação ambiental.
Esta edição do evento é considerada a maior desde 2023. Mais de 60 empresas da região Norte participam, sendo 44 delas do Acre, que estão apresentando seus produtos a 25 compradores de cinco continentes. Entre os principais itens oferecidos estão castanha-do-brasil, açaí, frutas processadas, café robusta, artesanato, carne bovina e suína, além de farinha de mandioca.
A programação desta segunda incluiu a cerimônia de abertura oficial, seguida de um almoço e visitas técnicas a empresas locais, como Cooperacre, Frisacre, JBS, Cores da Mata Biojoias e Cooperlib.
Durante seu discurso, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou o potencial de exportação da região e revelou que o Acre deve ultrapassar a marca de 100 milhões de dólares em exportações até o final de 2025. Ele ressaltou que, no ano anterior, o estado já havia alcançado 87 milhões de dólares, o dobro do registrado em períodos anteriores.
Jorge enfatizou que a iniciativa visa ampliar o acesso dos produtos amazônicos ao mercado global e que a presença de tantos países no Acre mostra o interesse internacional crescente pelos itens produzidos na região. Segundo ele, o evento deve gerar novos contratos comerciais e contribuir significativamente para a economia local.
A programação do Exporta Mais Amazônia seguirá até quarta-feira, 1º de outubro, com rodadas de negócios e outras atividades voltadas ao fortalecimento do comércio exterior.

