O trecho é estratégico não apenas para o tráfego entre os municípios acreanos, mas também para o escoamento de mercadorias e o acesso à tríplice fronteira com o Peru. Foto: cedida
(Por Marcus José/Alto Acre)
Trecho entre Brasiléia e Assis Brasil registra atoleiros e veículos parados; população cobra ação urgente do DNIT em via estratégica para o escoamento de produção e acesso à fronteira
A BR-317, principal ligação entre os municípios de Brasiléia e Assis Brasil, tornou-se um desafio constante para motoristas e moradores do Alto Acre durante a temporada de chuvas que vem afetando a região esta semana. Na sexta-feira (5), um temporal intenso deixou a rodovia praticamente intransitável, com registros de veículos atolados e buracos que obrigam condutores a reduzirem a velocidade ao mínimo, aumentando o risco de acidentes.
Imagens e relatos de usuários mostram caminhões parados na lama e carros de passeio enfrentando trechos irregulares. “Está impossível. Basta chover para a estrada virar um lamaçal. A gente fica à mercê da sorte”, desabafou um motorista que trafegava pela região. A situação prolonga o tempo de viagem e expõe a vulnerabilidade logística da área.
Conhecida como Estrada do Pacífico, a BR-317 é vital para o escoamento da produção local, o acesso à tríplice fronteira com o Peru e o deslocamento de comunidades isoladas. Moradores e lideranças locais cobram há anos intervenções definitivas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Enquanto isso, a população segue dependendo das condições climáticas para circular com segurança.
Em 2023, o DNIT anunciou investimentos para recuperação do trecho, mas as ações ainda não resolveram problemas crônicos. Enquanto isso, populações ribeirinhas, produtores rurais e comerciantes seguem reféns das intempéries.

